Mensagem pro Digão

Fala Digão, blz meu amigo?

Cara, queria aproveitar pra falar com você sobre um assunto muito pessoal e como na verdade você e o Raimundos foram e ainda continuam sendo importantes demais na minha vida. A primeira vez que eu ouvi a banda foi com Mulher de fases, em 1999. Eu tinha 12 anos. Lembro que minha avó me deu 50 reais de mesada e eu não sabia no que iria gastar até que fui numa loja de discos e estava o Só No Forevis naquelas caixinhas que vc poderia ouvir o cd com o headphone. Lembro que no momento foi algo fora do comum pq meu pai e minha irmã já eram mais chegados em pagode e samba e quando vi a capa achei meio maluco a banda ser de rock. Então comprei sem nem saber do que se tratava. Cheguei em casa e ouvi inteiro. Ai acabei criando o hábito de ir tomar banho ouvindo o disco. Naquela época a gente não tinha muita coisa pra fazer sem internet e então sobrava muito tempo até pra ficar decorando as músicas. Aí um dia fui com o cd pra escola, um colega de classe já conhecia tudo que vcs tinham feito até aquela época. Me mostrava os clipes que ele tinha gravado no VHS, tinha revistas de cifras com as letras, ele tocava violão também. Então a nossa amizade meio que se firmou nesse começo por causa da banda. E foi bem parecido com o começo de vcs, seu e do Rodolfo. A partir daí todo dia dps a escola a gente ficava tocando violão a tarde levando as músicas. E até hoje a nossa amizade ainda continua mesmo estando distantes. Até que dps de um tempo, um primo meu me emprestou o Lavô tá novo, que praticamente eu tomei posse do disco. Depois no meu aniversário de 1999, minha mãe comprou todos os discos que faltavam. Lembro que ouvia quase que obsessivamente tentando decorar as músicas. E sempre ouvia tomando banho e cantando. Os vizinhos não sei se gostavam. Aí dps veio o MTV ao vivo, comprei tb.

Até que um dia voltando da escola parei num lugar pra começar um açaí e na rádio cidade tava falando "O Raimundos acabou". Lembro de ter ficado meio confuso e corri pra casa pra ouvir a notícia inteira. Dps ainda comprei os discos do Rodox e do Raimundos que vieram tb. Tive uma bandinha com um pessoal mas eles não curtiam Raimundos. Até que em algum momento o Rodolfo foi na minha escola fazer uma palestra no teatro, sobre a conversão dele e tal. E em 2003 eu ainda acabei até frequentando a igreja Sara Nossa Terra meio que pra ver o que ele estava dizendo. Até achei legal um tempo, mas dps acabei me afastando. E como o Raimundos também meio que "acabou" eu fui ouvir Charlie Brown e outras bandas. Mas tinha alguma coisa que faltava. Aí vcs fizeram o EP em 2005. E dps so retornaram mesmo em 2011 com o Roda Viva. Então dos meus 15 aos 25 anos foi uma época que meio que eu me vi sem referência, mas sempre voltava ao Raimundos e pensava que ali tinha algo diferente. E também só pra abrir um parênteses aqui as coisas dos anos 90 que eu gostava sumiram nos anos 2000 (como por exemplo o filme Pânico que voltou de repente em 2011 com um quarto filme). E de repente o Raimundos tava de volta de novo. Participei do crowdfunding. Vi vcs com Tico Santa Cruz e o Charlie Brown no Vivo Rio, o melhor show que já fui até hj. E desde então coleciono tudo de vcs. Tenho o Cesta Básica, o cd Denis e Digão tb. Além de muitas coisas. E então de 2007 a 2012 eu estudei publicidade e jornalismo e um dia alguém levou um violão lá, eu puxei Raimundos e do nada uma menina reconheceu e a partir dali viramos grandes amigos.

E uns anos atrás eu pedi pra vc mandar pelo insta uma msg pra ela. Vc e a Vivi mandaram falando da sua filha que estava pra nascer e o filho dela tb nasceu e está otimo. Não sei tb se vc vai lembrar mas um dia vc postou algo sobre uma pizza que te mandaram sem vc pedir e eu mandei um áudio com a minha mãe. Ela aprendeu a gostar de vcs, principalmente pela trajetória do Rodolfo e dps da sua amizade retomada com ele. E assim aprendi agora a tocar todas as músicas, peguei o exemplo do Marquinho que vcs falaram que ele chegou com um caderno com todas as cifras e fiz igual. Gravei 96 músicas e postei no YouTube. Um dia ainda gostaria de conhecê-lo pessoalmente. Atualmente moro em Praia Grande, litoral de SP. Uns 2 anos atrás vcs vieram em Santos mas eu nao consegui ir. Até pensei em ir um dia em Brasília. Atualmente estou numa banda tb de rock e reggae. E trabalho tb na choperia Berggren, vcs aparecem direto na televisão deles pelo show que fizeram algum ano aqui. E é isso, essa é a minha história com o Raimundos. Pra sempre fã. Espero esse cd novo. Lança em vinil tb por favor. Mais uma coisa que gostaria de falar com vc, não sei se você acompanhou a série Lost mas ela tem um enredo de fé que parece muito com a sua trajetória com o Rodolfo e do Chorão com o Champignon. Vc já viu?

Um grande abraço.

Longlegs - Vínculo mortal (2024)

Se você por acaso viu em algum lugar que esse filme é um terror de assassino no mesmo nível de Halloween, Pânico e etc., saiba que eu fui pelo menos esperando algo desse gênero e me surpreendi. Mas foi uma surpresa negativa. Pois o filme está mais perto de O exorcista do que do Jason. Tem um fundo religioso que cita o mal de uma forma meio obscura, mas a filmagem e a direção tem um estilo que me lembrou o filme Corrente do mal, um ritmo bem lento. Não sei se eu não gostei pois fui com muita expectativa pela propaganda que foi feita. Num futuro bem distante, talvez o reveja com outros olhos.

Em 17 meses, eu fui no cinema 17 vezes

Eu não vou todo mês no cinema, mas estava vendo quais filmes eu assisti no cinema de 2023 pra cá. E me surpreendi: a média está 1 filme por mês. Embora alguns eu não tenha visto pois não encontrei a sessão passando, como Twisters, Os estranhos 3 e Um lugar silencioso 3, acabei vendo o que tinha. A lista abaixo.

• Abril: Pânico 6
• Julho: Sobrenatural 5 e Indiana Jones 5
• Agosto: Missão impossível 7
• Setembro: A freira 2
• Outubro: Jogos Mortais 10
• Novembro: Five nights at Freddy's
• Dezembro: Jogos vorazes 5
• Janeiro: Patos!, Wish e Beekeeper
• Fevereiro: Todos menos você
• Março: Madame Teia
• Maio: Planeta dos macacos - O reinado
• Julho: Hachiko
• Agosto: Meu malvado favorito 4 e Longlegs

Família Dinossauros (episódio 4)

Esse capítulo mostra a preocupação do Dino quando descobre que a Fran tem outro pretendente, um cara que ela conheceu no mercado e que ficou apaixonado por ela. Só que o cara é gigante e quer exterminar o Dino e tomar o lugar dele de pai. Então o Dino passa o tempo todo se preparando pra um duelo, mas na hora que o outro cara aparece, desiste de lutar. E termina tudo bem.

Smart House - A casa inteligente (1999)

Acho que, na época que esse filme foi lançado, talvez essa história tenha sido considerada absurda demais e uma coisa inatingível. Mas quando a gente utiliza celulares por comandos de voz, televisões smarts e até a Alexa que é praticamente um robô que nos responde, esse filme ganha uma importância quase assustadora. A história é sobre uma casa que tem um sistema de computador embutido e um pai acaba a utilizando para cuidar dos seus dois filhos, ainda mais para suprir a ausência da mãe, falecida recentemente. Só que em algum momento, a casa acaba se rebelando e se manifesta como uma mulher real, o que acaba de uma forma negativa. É um filme bem bobinho e simples, mas eu poderia falar horas sobre a influência negativa da tecnologia na sociedade usando-o como estudo de caso. Muito legal.

Família Dinossauros (episódio 3)

Esse é um dos episódios que eu mais me recordo de ter visto na infância. É onde o Dino leva a sogra pra ser arremessada do penhasco, como uma tradição deles. Só que é o aniversário dela de 72 anos também. Mas é claro que no final ele acaba desistindo, também por insistência do Bobby. 

Hachiko para sempre (2024)

Mais um filme que vi no cinema esse ano, mas foi totalmente por falta de opção, eu não consegui pegar a sessão do Twister, então acabei tendo que escolher algum. Mas o filme é a mesma história do filme Sempre ao seu lado, só que uma versão oriental. É bem interessante ver uma nova versão da mesma história que na verdade já teve várias adaptações anteriores, inclusive foi baseado numa história real. Pra quem não sabe, é a história da relação de um homem com um cachorro chamado Hachiko, que o esperava todo dia retornar do trabalho. Até o dia em que seu dono morre, ou seja, o cãozinho dedicou os últimos anos da vida dele esperando o dono. Que nunca chegou. Mas essa versão oriental mostra os dois se reencontrando após a morte e subindo juntos num teleférico em direção às nuvens. E acaba com uma mensagem mais ou menos assim: "Dedicado àqueles que vivem por nós e esperam por nós". Impossível não se emocionar, se você tem qualquer animalzinho de estimação.

Família Dinossauros (episódio 2)

Depois do nascimento do Baby, mostra como a Fran está cansada de ter que cuidar do novo filho, deixando o Dino preocupado e tentando ajudá-la fazendo papel de mãe. E isso rende piadas muito interessantes sobre o papel do homem e da mulher na sociedade. Enquanto o Dino acha que ele é o provedor da casa, ele exige que a Fran assuma o papel de doméstica do lar. 

Família Dinossauros (episódio 1)

Muito interessante ver o começo de tudo, pra entender a cronologia da história. Aqui conta como o Baby chegou na família, mas na verdade é o Dino contando pro Baby como foi o nascimento dele. Então são apresentados os personagens principais, que são a familia do Dino, e os secundários, que são os colegas de trabalho dele. E a história que ele conta pro Baby é mais ou menos a situação financeira que ele passava na época, sem dinheiro pra nada e ainda tendo a surpresa do nascimento do Baby. Tem uma crítica interessante mostrando os seres humanos inventando a roda, pra depois quebrar e fazer bambolê. Também tem umas ironias em relação ao papel do homem e da mulher na sociedade que são muito interessantes.