Antes de falar sobre o filme em si, quero começar com outro assunto. Eu nasci em 1986, ou seja em 2001 eu já tinha 15 anos. O que tinha nessa época da minha infância, dentro do meu ciclo de amigos e família era: Família Dinossauros, Os Simpsons, Alf - O Eteiomoso, Cavaleiros do zodíaco, além dos desenhos animados tradicionais que passavam na TV, Chaves & Chapolin, Blossom, O rei leão, e, o que teve mais destaque nessa época, pra mim, era a Turma da Mônica. Eu tinha gibis que chegavam em casa pois tinha assinatura, as fitas de vídeo com os desenhos que não eram tão bobinhos como os desenhos de hoje, tinha até os bonecos, sempre foi decoração de festas nos meus aniversários, até os miojos são da Turma da Mônica. Onde que eu quero chegar com isso? Que qualquer coisa que sair deles hoje, eu mesmo com 37 anos, vou querer ver pois me remete a muita coisa. Esses personagens marcaram muito. Eu estava trabalhando numa lanchonete dois anos atrás quando saiu o filme Lições e lá teve uma parceria pra fazer uns copos com os personagens, eu peguei dois pra ter na minha coleção.
Agora, vamos aos filmes de super-herói. Eu não passei isso com eles. Eu raramente via um ou outro filme do Batman ou Superman. Mas achava legalzinho. Lembro da cena do Superman sendo enterrado no solo de outro planeta. Lembro do filme do Batman que tem um cara que mata o outro com uma pena. Lembro da série do Superman que passava na globo à noite que tinha um ator de Brinquedo assassino 3. Só que eu nunca entendi direito que isso era parte da D.C. e que tinha uma outra produtora chamada Marvel. Eu apenas achava que eram personagens aleatórios. A respeito da Marvel, eu conhecia o Homem-aranha, Capitão América, mas pelos desenhos animados que passavam na TV com muito menos ação. E que principalmente não precisavam de um acompanhamento pra você entender.
Então quando esses filmes dessa imensa cinessérie começaram a sair eu não entendi nada direito. Em 2008, eu já tinha 22 anos quando isso começou com Hulk, depois Homem de ferro. Eu estudava jornalismo e publicidade então estava focado em filmes cult e de arte antigos que os professores indicavam, os do Woody Allen, Hitchcock e europeus que quase ninguém sabe o que é. Eu queria histórias dramáticas, que falassem sobre a existência e me fizessem refletir sobre a minha própria vida. E esses filmes de ficção com heróis já não faziam sentido pra mim. Como ainda não fazem. E é por isso que eu gosto de observar pra qual público esse produto foi feito. E aí dá pra contextualizar e até admirar o trabalho que essas duas produtoras, Marvel e D.C. estão fazendo.
A Marvel fez uma sequência de filmes que englobam o grupo dos Vingadores, porém mostrando cada um aleatoriamente até se encontrarem nesse filme aqui. Então ele também é parte de um contexto maior, que o ideal também era ver tudo na cronologia como foi lançado pra ter uma compreensão maior. Mas o enredo desse aqui é que um cubo poderoso foi roubado por um homem chamado Loki e os Vingadores foram recrutados para resolver isso. Basicamente, é isso. Entendendo pelo ponto de vista do público que do mesmo jeito que eu fui influenciado pela Turma da Mônica viveu isso lendo os gibis, vendo os filmes, e tudo que era relacionado a isso na infância, concordo que deve ser muito interessante acompanhar isso mesmo depois de adulto. Esse sentimento de nostalgia de uma época que não volta mais tem sido o principal foco da indústria do cinema já há um bom tempo. Inclusive os filmes Jurassic Park, e os de suspense e terror Pânico e Eu sei o que vocês fizeram no verão passado tem voltado recentemente e eu, com esse filmes também sou igual um fã da Marvel.
Mais uma observação: é interessante ver atores ressurgindo do nada nesses filmes. A Scarlet Johansson que adoro ela nos filmes do Woody Allen, como Scoop - O furo; o ator que faz o Homem de Ferro que já tinha um filme marcante com ele da infância chamado Morrendo e aprendendo, uma verdadeira obra prima; o Mark Ruffalo de Brilho eterno de uma mente sem lembranças; o Samuel L Jackson que nem precisa explicar quem é, mas ninguém lembra que ele também esteve em Jurassic Park; e o Chris Evans que fez Não é mais um besteirol americano, que também teve seu momento de auge quando os filmes de comédia explodiram nos anos 90 com American Pie e Todo mundo em pânico. Agora, acabei gostando mais de uma personagem que acho que ninguém dá muita importância: Maria Hill, interpetada pela Cobie Smulders.
3 comentários:
Eu assisto e gosto de quase todos filmes de heróis. Nem ligo se é Marvel ou DC. A questão nostálgica contribui. Acredito que o início desse "boom" de filmes de super heróis se deu pelo sucesso da trilogia Spiderman estrelado por Tobey Maguire. As pessoas foram conquistadas pelas cenas repletas de efeitos especiais. Daí os estúdios viram a oportunidade de ganhar muito dinheiro e idealizaram algo maior abrangendo outras personagens. Mas todo o planejamento e desenvolvimento para mais filmes deste estilo só seria possível com o avanço tecnológico. Por isso, havia um espaço de anos de um lançamento para outro.
Adorei o texto.
Ta mandando ver..
A d o r e i
Faz tanto tempo que não vejo um filme.
Gostei. Recomendo você assistir em sequência os filmes: Vingadores Guerra infinita e Vingadores Ultimato que fecha o arco do MCU com o Homem de Ferro e Capitão América.
Olha.. concordo contigo. Muito do que gostamos na vida adulta é uma memória afetiva da infância e até adolescência. Os filmes que eu me lembro de ver era O Homem-Aranha do Tobey 2002, A hora do pesadelo, sexta-feira 13, American pie x-men e até hoje gosto deles.
Liga da justiça eu via mais a animação mesmo, mas acho que eu gosto mais da Marvel, pq consumia mais coisas dela. Tudo é baseado em nostalgia e memória afeitva. A Marvel agora tá vindo com o filme do 4 fantástico. Aí vai ter até adulto chorando. Deadpool vai trazer o wolverine novamente com o traje clássico baseado nos quadrinhos e vai ser mais nostalgia ainda.
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