O mesmo gato apareceu em dois filmes com o Sylvester Stallone

Eu acho que ninguém reparou isso, mas teve um gato que contracenou em dois filmes, com o mesmo ator: O especialista (1994) e Assassinos (1995). 

As férias de Mister Bean (2007)

Dez anos depois do primeiro filme, vem esse que basicamente são as mesmas trapalhadas do Bean, mas num cenário diferente, pois ele ganhou uma viagem e saiu de férias. E embora o ator esteja com 52 anos, consegue passar despercebida a idade comparada com o filme anterior que ele estava com 42. E, nessa época, o ator também fez outro papel marcante que viria a ter uma trilogia de filmes, que é o Johnny English. Eu até faço uma associação de que é o mesmo personagem, mas com um nome de agente secreto. Mas voltando para esse aqui: o Bean acaba ajudando um menino que se perdeu do pai e a viagem dele vai pra outro rumo. Mas a polícia acaba achando que ele sequestrou o menino e ele se envolve em uma confusão maior ainda. E uma mulher que dá carona pra eles acaba sendo considerada cúmplice. Mas, no final, o mal entendido se resolve e tudo acaba bem. 

Dez filmes de terror que estão retornando

Tá tudo voltando mesmo! Fiz essa planilha pra visualizar mais claramente como foram os lançamentos dessas 10 franquias de terror, onde todas estão retornando em 2025 e 2026 com filmes novos. Tem desde filmes de serial killer, aliens, entidades e até filme de cobra. E a maior sátira de filmes de terror terá muito conteúdo para fazer piadas, pois ela também está retornando. E todas essas começaram de 30 anos pra cá, ou seja, exatamente quando eu era criança.

Mister Bean - O filme (1997)

Esse é um dos filmes que eu tinha na minha pequena coleção de VHS quando era criança e, agora que reassisti, ao mesmo tempo em que me remeteu a uma nostalgia, me perguntei o tempo todo qual é a graça real do Mister Bean. Pois ele é um cara que atrapalha a vida de todo mundo, inclusive propositalmente causa uns problemas sérios, mas no fundo é visto como aquele cara que todo mundo sabe que tem um "probleminha". E nesse filme, ele faz parte de uma exposição de quadros e acaba estragando um quadro e depois arruma um jeito maluco de ajeitar isso. Mas também tem a história de um outro cara que hospeda o Bean na casa dele, acaba tendo um problema com a esposa, que não aceita esse convidado que só causa problemas, mas ela que vai embora e deixa os dois na casa. E as piadas do filme estão em algumas situações inusitadas: como o Bean molhar a calça momentos antes de uma reunião e tentar secar no secador de mãos do banheiro; ou ele preparando um jantar que acaba explodindo um peru; entre outras situações. Mas a que eu achei bem engraçada foi ele quebrando uma caneca e acaba misturando na própria boca os ingredientes de um café - o pó, a água quente, o leite e o açúcar - e depois balançando a cabeça pra misturar tudo dentro da boca. 

A vida em si (2018)

Esse filme tem um enredo tão longo, mas tão longo, que não vou explicar nos mínimos detalhes, mas vou resumir a ideia principal: é sobre como a vida de um casal é interrompida por um trágico acidente, mas o desenrolar da vida da filha deles e depois da neta deles se desenrola também de formas meio malucas, mas que tudo na vida acaba contribuindo pra que cada um de nós tivéssemos nascido e estivéssemos vivos hoje. E essa mesma ideia foi usada no filme O poeta dinamarquês, que é uma animação de curta metragem que conta como as coincidências da vida acabam fazendo sentido e que tudo faz parte do destino. O título A vida em si vem de uma frase que uma personagem fala: que o narrador das nossas histórias sempre escondem as surpresas que virão, as reviravoltas que mudam tudo e que a vida em si é esse narrador.

Toy Story 3 (2010)

Do primeiro pro segundo filme se passaram apenas 4 anos, mas o terceiro só veio 11 anos depois do segundo e 16 anos do primeiro. Isso quer dizer que quem tinha uns 10 anos quando o primeiro saiu, já estava com uns 26 anos quando esse terceiro saiu, o que influenciou no tema desse filme. O Andy já está indo pra faculdade e não é mais criança, então acaba pensando em doar os bonecos, o que gera toda uma reflexão sobre como deixamos a infância pra trás. Mas também acaba virando uma aventura quando eles têm que se adaptar a uma creche pra onde eles foram doados e as crianças brincam jogando e sujando os bonecos. E o filme volta com várias referências interessantes, mas o que eu mais gostei foi do dinossauro fazendo o som do tiranossauro do Jurassic Park.

Busca implacável (2008)

Direto ao enredo: é sobre um pai que vai até Paris para resgatar a sua filha que foi sequestrada e está sendo leiloada para servir de escrava sexual. O grande diferencial do filme é que ele mostra toda a preocupação do pai com a filha, até que uma amiga a convida para viajar e isso tudo acontece longe dele, mas, mesmo assim, ele faz de tudo para salvá-la. Nesse filme tem a atriz que fazia a Shannon de Lost e é interessante ver como ela está muito diferente, isso só destaca o talento dela. 

Deu a louca em Hollywood (2007)

Esse é um tipo de filme que só vai ter graça pra quem entender as referências e o contexto em que ele se encaixa. Pois desde que Todo mundo em pânico surgiu trazendo de volta esse gênero de comédia que é inteiramente feito com cópias de cenas de outros filmes, gerou uma variedade de filmes buscando o mesmo modelo, mas cada um com um tema. E esse aqui pega referência de tudo que é filme, passando de O código da Vinci e As crônicas de Nárnia, até passar por Serpentes a bordo, X-men e A fantástica fábrica de chocolate. Embora eu goste desse tipo de filme, não achei tanta graça nos personagens, mas é legal pra reconhecer as referências.

Toy Story 2 (1999)

Se o primeiro filme mostrava que os bonecos tinham um ciúme pelo mais novo presente do menino, que era o boneco do Buzz Lightyear, nesse aqui isso é praticamente superado e agora o enredo é uma história de resgate. O que acontece é que o Woody é roubado por um colecionador que sabe que o boneco é um item raro e vale muito, assim o Buzz e mais alguns vão resgatá-lo. Mas o Woody acaba entendendo que ele faz parte de uma coleção de bonecos cowboys, assim entram na história a Jessie, o cavalo dela e um boneco de um homem idoso chamado de Pete Fedido. E aí, vira uma aventura até conseguirem resgatar o Woody, mas a Jessie vai junto e se junta ao grupo. 

Eu fico pensando na mensagem desse filme e talvez seja sobre valores, que dependendo das pessoas certas e dos ambientes certos, você é mais valorizado, pois o Woody de certa forma foi deixado de lado pelo dono dele e quando o colecionador o encontrou, deu o valor merecido ao boneco que é raro. E essa mensagem faz um diferencial pro filme. Além disso, tem uma referência muito legal à Star Wars, repetindo a frase do Darth Vader que fala que é o pai do Luke. E o melhor é as falhas de gravação que passam durante os créditos, com uma cena fazendo conexão com o filme Vida de inseto que é muito legal. 

Prazeres mortais (2014)

Esse filme é no mesmo estilo de alguns filmes de suspense do Hitchcock ou parece baseado num livro de Agatha Christie, com algum mistério envolvendo um crime. E o enredo é interessante demais: 5 amigos, todos são casados, alugam um apartamento para servir pra encontros com suas respectivas amantes, sem levantar suspeitas com gastos com cartão de crédito que entreguem que estão traindo suas esposas. Só que em algum momento, uma das amantes aparece morta, o que leva a todos a suspeitarem de todos, além de também desconfiarem de que uma das esposas deles podem ter descoberto a traição e cometido o crime. O desfecho da história é impossível de adivinhar, vale a pena assistir sem spoiler do final. E a história retrocede mostrando como toda essa ideia começou um ano antes, inclusive mostrando como é a relação de cada um com suas esposas e com as amantes. Muito intrigante.

Os 4 filmes de terror que surgiram nos anos 90 estão de volta (além da sátira deles)

Eu vi uma matéria dizendo que os anos 90 estão de volta nos filmes de terror, mas não é bem assim, pois pra quem conhece a fundo sabe que esses filmes nunca saíram de moda realmente. Os 3 principais filmes que surgiram na época foram Pânico, Eu sei o que vocês fizeram no verão passado e Lenda urbana, onde cada um gerou uma trilogia até os anos 2000, até que Pânico avançou sozinho nos anos 2010 com mais um filme e duas séries, enquanto a sátira Todo mundo em pânico continuou lançando 5 filmes, até parar totalmente. Prova final surgiu na mesma época, misturando o enredo com ficção alienígena, mas no mesmo formato de mistério e revelação desses filmes. Também tiveram alguns projetos que foram desenvolvidos mas por algum motivo não foram pra frente: Lenda urbana 4 seria lançado em 2007, o filme foi feito, mas mudaram o título para Ghosts of Goldfield; e o quarto filme de Verão passado chegou a ser feito o roteiro completo, mas foi cancelado, em 2014. Mas chegou os anos 2020 e a saga Verão passado deu um suspiro de vida com uma série alternativa da Amazon, o que trouxe o interesse pelo retorno ao cinema e isso já é realidade, com um filme prestes a estrear em julho de 2025. Depois disso, Pânico retornou com mais 2 filmes, com mais um em produção com estreia em fevereiro de 2026. E com essas duas principais retornando, serviu como um impulso para Lenda urbana, Prova final e Todo mundo em pânico retornarem também, todos com previsão pra 2026. Incrível, não é mesmo? 

Toy Story - Um mundo de aventuras (1995)

Eu vi esse filme no cinema quando tinha 9 anos, mas agora reassistindo percebo que não lembrava do principal dessa história. É sobre brinquedos que ficam enciumados quando o dono deles ganha um brinquedo mais moderno de aniversário, que é o astronauta Buzz Lightyear. E com isso gera um ciúme no Woody, que é um boneco cowboy que é o favorito do menino. Mas o Woody acaba causando acidentalmente que o Buzz vá parar na casa do vizinho, que maltrata seus brinquedos queimando ou explodindo em pedaços. E aí vira uma missão de resgate, o que acaba gerando uma cena bem legal de rebelião dos bonecos contra esse vizinho, que parece uma versão animada de Brinquedo assassino. Inclusive nessa cena, o Woody gira a cabeça igual à O exorcista.  Tudo dá certo no final e a última cena mostra o menino abrindo um presente de natal e os brinquedos preocupados novamente, inclusive o Buzz, mas o presente da vez foi um cachorro de estimação.

Não se mexa (2024)

Filme meio maluco, que na verdade pode se resumir em apenas uma frase: uma mulher tentando escapar de um homem que quer sequestrá-la, mas aplica uma injeção paralisante nela, ou seja, em algum momento ela não consegue mais se mexer então tenta garantir que esteja em um local seguro antes que faça efeito e ela fique totalmente imóvel. E então ela acaba se escondendo embaixo de uma árvore na floresta, mas está cheio de formigas, depois se joga num rio pra fugir dele, mas acaba paralisada assim que consegue sair do rio e é resgatada por um senhor que morava ali perto, mesmo que ela só esteja conseguindo mexer os olhos. Daí até o final, é só perseguição e fuga desse homem, até dar o tempo da paralisia acabar o efeito.

O exterminador do futuro 3 - A rebelião das máquinas (2003)

Depois dos filmes de 1984 e 1991, vem esse mais de uma década do último, o que acho que foi uma espera muito longa pros fãs e que fez essa história acabar não pegando mais, embora o próximo caminho no enredo seja realmente o retorno dos robôs tentando entrar em guerra de novo e mostrar a vida adulta do John Connor, que no primeiro era apenas um feto na barriga da mãe e no segundo era adolescente. E é interessante ver o desenrolar do enredo mostrando que, do futuro, o John mais velho, ainda tenta mudar coisas do passado. E como agora ele vive como um desconhecido sem registro, ele não é facilmente encontrado pelos robôs, que retornam pra matar quem seriam seus futuros aliados na rebelião. E ele descobre que, no futuro, o robô que é o Schwarzenegger é que foi o responsável por sua morte e agora ele foi enviado para obedecer ordens de uma mulher que seria esposa de John no futuro. Uma maluquice muito interessante essa história toda, que me remete aos primeiros Planeta dos macacos, dos anos 60. Mas tem uma coisa que ainda me encuca a cabeça: se do futuro eles estão manipulando o passado, então esse passado não deveria criar uma nova linha do tempo a partir dessas mudanças? Por exemplo, a Sarah só teve o John porque o pai dele veio do futuro, ou seja, se o pai dele veio do futuro para garantir que o John nascesse, quem foi o pai dele da primeira vez antes dele realmente crescer e chegar no futuro adulto, se esse homem que veio do futuro nem era nascido ainda? Entendeu?

O exterminador do futuro 2 - O julgamento final (1991)

Muito interessante mesmo todo esse enredo de viagem no tempo para tentar impedir algo que aconteça no futuro. Mas dessa vez, o filho da Sarah Connor já nasceu, é adolescente e de novo chega um protetor do futuro pra impedir que ele seja morto. E agora o que era o vilão do primeiro retorna como herói no segundo, que é o papel do Schwarzenegger. E esse tem muito mais ação do que o primeiro, embora seja quase o mesmo enredo só que mudou que agora o menino já está crescido. Gostei muito dessa história, mas tenho uma dúvida: se o protetor que veio no primeiro filme não tivesse se relacionado com a mãe do John, então ele jamais teria nascido? Então se tudo que aconteceu no futuro foi em decorrência da vinda dele pro passado, isso acaba gerando um paradoxo, pois se ele não tivesse voltado no tempo também nada disso teria acontecido.

O exterminador do futuro (1984)

Engraçado como esse filme nunca me atraiu, pois esse tipo de filme de ação nunca foi o meu interesse, mas agora consegui realmente entender a grandeza desse enredo e até virei fã. Isso aconteceu também com os filmes Jogos vorazes e Planeta dos macacos, que eu achei que era uma coisa e era completamente outra.

Mas vamos ao enredo: uma mulher começa a ser perseguida por um cara que disse que veio do futuro, mas também é protegida por outro cara que também veio do futuro, até descobrir que um filho dela, que nem nasceu ainda, no futuro será responsável por começar uma guerra entre os humanos contra as máquinas, que serão evoluídas. E esse cara que veio primeiro, que na verdade era um tipo de robô por baixo da pele, tem a intenção de matá-la, pois assim o bebê dela não nasce. Mas o mais bizarro é que além dele não conseguir isso, ela acaba se relacionando com o cara que veio para protegê-la, mas ele acaba morrendo. Ou seja, o cara é o pai do menino que no futuro vai ser o causador disso tudo. Confuso? Imagina pra mulher explicar pro filho quem é o pai dela. 

O núcleo - Missão ao centro da Terra (2003)

Filme meio maluco, mas com uma ideia muito interessante, que é até difícil de explicar. Mas vou tentar: simplesmente o núcleo da Terra está parando de girar, o que está causando um monte de consequências inesperadas, o que leva um grupo de estudiosos a executar um plano pra dar um tranco explodindo umas bombas e colocar tudo na velocidade que deveria estar. E isso é bem explicado visualmente no filme, o que facilita a compreensão, mas o enredo é muito doido. Fiquei mais curioso se daria mesmo pra esse plano ser executado na realidade, pois eles vão num tipo de veículo que parece uma minhoca gigante, mas vai pelo mar primeiro e depois vão usando um laser que abre o buraco pra eles passarem.

Armageddon (1998)

Um único motivo para assistir esse filme seria a participação da Liv Tyler, mas o filme consegue ser perfeito no equilíbrio de ação, aventura, drama e comédia de um jeito incrível, que o deixa na lista dos melhores filmes já feitos, pra mim, claro. E aqui a história é de um asteroide em rota de colisão com a Terra, mas isso é apenas um detalhe na história.

O verdadeiro enredo é sobre um homem que lidera uma equipe de perfuradores de petróleo numa plataforma no meio do oceano, tendo que cuidar da sua filha quase adulta que se envolve com um deles e assim o deixa muito chateado. Mas quando ele é chamado pela Nasa para participar de uma missão para perfurar o asteroide e colocar uma bomba para explodir e assim salvar a humanidade, tem que deixar o ciúme de lado e se juntar com seu novo genro que o acompanha nessa viagem, junto com os outros funcionários. E essa galera toda é bem maluca e vê nisso tudo uma diversão, então é aí que entra a comédia da história. 

Recomendo muito, esse eu vi no cinema quando saiu, sem saber que o roteiro era do JJ Abrams, que anos depois viria a me pegar também com Lost. E esse filme teve seu concorrente na época, que foi Impacto profundo, mas cada um com um enredo bem diferente do outro, sendo em comum apenas o tema central.

Perigos de uma sedução (1996)

Direto ao enredo: um casal vive uma vida feliz e tranquila, com seus filhos pequenos, mas a esposa acaba sendo encontrada morta, o que começa uma investigação pra saber quem foi que a matou. E os suspeitos principais são o marido e a babá dos filhos deles, pois é descartada a possibilidade de suicídio. E a história complica mais quando um amante da mulher aparece na história e assim o marido descobre que ela iria deixá-lo. Só que a partir daí, o viúvo acaba se envolvendo com a babá, que mostra ser prestativa nesse momento complicado. Mas o homem acaba fazendo a babá ocupar o lugar da ex-mulher dele, até dando algumas coisas que era da falecida pra ela. Mas isso foi uma armadilha pra fazer a polícia suspeitar que foi a babá que a matou e assim incriminá-la. Sim, o marido é o verdadeiro assassino. Ele é preso no final e a babá sai como inocente nessa história. O legal é que o ator que faz o Jigsaw em Jogos mortais é o investigador aqui nesse filme, oito anos antes, o que dá pra imaginar o motivo pelo qual o chamaram depois, pois ele já tinha uma cara de psicopata.

American Pie 3 - O casamento (2003)

Tá aí uma trilogia que teve um começo, meio e fim perfeitos, obviamente antes de continuar com sequências sem os personagens principais, mas até aqui foi tudo muito coeso e fez todo sentido. O caminho correto pra chegar até aqui foi o casamento mesmo do Jim com a Michelle, que no segundo filme já tinham se reencontrado e terminaram juntos. E aqui as situações são em torno da festa de casamento e da despedida de solteiro, onde os amigos se encontram de novo, com ausência somente do Oz. E chegou num ponto em que já existe uma fórmula de coisas que são obrigatórias num filme dessa série: o Finch e o Stifler vão disputar por alguma coisa, o pai do Jim vai fazer algum comentário na hora errada, alguma situação nojenta com o Stifler, o Kevin daquele jeito dele de bom amigo conselheiro e a mãe do Stifler pra uma aparição no final. 

A vida é bela (1997)

Esse é um dos filmes que eu vi o trailer e muitos comentários quando era criança, principalmente quando foi indicado ao Oscar, mas que eu não tinha realmente assistido até agora. E eu não sabia que ele começava como uma comédia romântica bobinha e virava uma história trágica de guerra e opressão, sendo realmente uma surpresa ruim mas que termina de forma emocionante.

É sobre um homem incrível, totalmente positivo, alegre, daquelas pessoas únicas, que têm um brilho diferente, que conquistam a todos, inclusive é com esse jeitinho dele que conquista a mocinha do filme e os dois passam a ter um relacionamento e têm um filho juntos. Anos depois, acontece a captura dos judeus pelos alemães e os levam de trem para uns abrigos onde são forçados a trabalhar e muitos acabam mortos. Mas esse cara passa pro filho uma ilusória visão de que aquilo tudo é apenas um jogo que estão participando, conseguindo ocultar os horrores daquilo substituindo por uma fantasia, que realmente o menino acaba acreditando. Mas quando ele é realmente capturado e é levado para ser fuzilado, faz um sinal pro menino, que estava escondido observando-o, como se não fosse acontecer nada demais, até faz umas palhaçadas pra distrair o menino. E depois é morto, numa cena que não mostra nada explícito, mas é de partir o coração. 

E depois disso, tudo se encerra, o menino acaba encontrando a mãe e comemora que venceram o jogo que o pai estava contando o tempo todo. Impossível não se emocionar com essa história, com a atitude do pai, com a pureza do filho, com todas as coincidências e o modo que tudo acontece no filme. E uma cena sensacional que me fez pensar em como foi feita num único take, mostra o casal entrando num local, como se fossem ter um encontro íntimo, e depois já saindo o menino, mostrando uma passagem de tempo e encontrando os pais já do lado de fora do local. Muito bom.

Minha querida nora (2020)

Direto ao enredo: uma mulher descobre que o marido dela tem uma amante, aí como vingança acaba viajando com o dinheiro dele, mas se mete na maior confusão. E aí vem a parte complicada de explicar: quando ela desembarca no aeroporto, pega a mala dela que estava passando na esteira de bagagens, mas só no hotel ela percebe que pegou a mala errada, que era igualzinha à dela. Aí ela marca de se encontrar no hotel que ela está hospedada, para trocar as malas, só que o homem que pegou a mala dela é confundido com o marido da mulher, o pessoal do hotel acaba acreditando que eles são casados. Aí eles acabam indo além e passam a noite juntos, bebendo e curtindo de tudo, mas de manhã ela acorda, vê que ele está do lado dela na cama, mas ele está morto. Mas calma que fica mais confuso ainda: a mãe dele acredita que ela era a nora que ele sempre falou que tinha há 5 anos, mas ela ainda não conhecia, e como ela é investigada ainda pela polícia e não tem onde ficar acaba aceitando ficar na casa dessa suposta sogra, mantendo a mentira de que ela era essa nora mesmo. Mas a situação vai ficando cada vez mais complicada e absurda a cada momento que passa, o que gera muitas situações engraçadas.

Louco por você (2000)

Já pra começar com um detalhe único que eu nunca vi em nenhum filme até agora, é sobre um casal que está se conhecendo e eles contam algumas histórias do passado deles: e aí entra em um flashback com eles mais novos, só que a versão adulta que está ouvindo a história interage com eles dentro da lembrança. E o filme tem uma dinâmica bem leve e divertida. É uma comédia romântica sem muitos conflitos, o rapaz conhece a menina num bar, começam a namorar e aí tudo vai dando certo. Mas é óbvio que em algum momento eles vão terminar pra criar uma ausência e depois retornarem, pois essa é a fórmula dos filmes desse gênero.

Teve uma polêmica que a atriz principal do filme, a Julia Stiles, disse que não gostou de uma cena dela dançando, que foi sugestão do diretor Harvey Weinstein, que está preso atualmente por acusações de abuso, mas ao meu ver ficou ótima no filme.

Congo (1995)

Esse filme é baseado num livro do mesmo escritor de Jurassic Park, ou seja, dá até pra pegar várias semelhanças entre as duas histórias. É sobre um gorila que é usado para testar a capacidade de fala, com um aparelho que traduz pro português o que ele está dizendo. E eles retornam pra selva para entregá-lo de novo à sua família. E aí começa uma aventura muito interessante que até tem outros gorilas selvagens no meio, saltos de paraquedas, viagens de balão e um vulcão prestes a entrar em erupção. Agora, o que esse filme tem de sensacional é o elenco: nunca vi tanto ator bom no mesmo filme. Esse tema envolvendo primatas pode ser uma classificação que eu colocaria também King Kong e Planeta dos macacos, mas cada um com seu estilo.

No limite da realidade (1983)

Embora não faça sentido fazer um filme que é uma junção de 4 episódios, que já haviam sido feitos na versão da série Além da imaginação, é interessante ver esse trabalho em conjunto de 4 diretores importantíssimos: John Landis, Spielberg, Joe Dante e George Miller. Cada um dirigiu um episódio dentro do filme e dá pra reparar exatamente o jeito de cada diretor.

Vamos ao enredo:

• O primeiro mostra um homem preconceituoso conversando num bar com seus amigos, reclamando que negros mudaram pro seu bairro. Até que um homem negro que estava no bar não gosta dos comentários dele, assim o homem acaba indo embora. Mas no momento exato que ele sai pela porta do bar, é transportado pra Alemanha nazista e começa a ser perseguido por eles, depois inclusive é capturado por membros do KKK que acham que ele é negro. Então ele acaba vivendo um reflexo do que ele estava falando no bar.
• O segundo já é menos assustador, mas é bem a cara do Spielberg, um enredo bem parecido com Peter Pan: um asilo onde os idosos conseguem voltar a ser crianças por um momento.
• O terceiro já é do diretor de Os Gremlins: uma mulher acaba atropelando sem querer um garoto, mas ele não se machuca e ela dá carona até a casa dele para entregá-lo a família. Mas é uma família muito estranha, submissa às vontades do menino. Até que vem a revelação de que o menino os mantém como escravos e nem é a família real dele, e a mulher que o atropelou vai ser a próxima a ficar prisioneira do menino junto com os outros.
• O último lembra o que viria a ser os filmes Premonição, com um homem que prevê a queda de um avião, durante a viagem. Mas ninguém acredita nele.

Esse filme acabou terminando com um incidente trágico nos bastidores, com a morte de um ator e duas crianças, na primeira história contada do homem no bar. Mas obviamente isso foi retirado do filme.

O bebê de Rosemary (1968)

Esse filme pode parecer bem simples e muito entediante, mas ele eleva o nível de paranoia a um grau extremo, que chega a dar agonia, pois não se pode confiar em ninguém. O enredo: um casal se muda pra um apartamento, mas começa a perceber que há algo de errado com os vizinhos. Até que a a mulher do casal fica grávida, mas depois o seu próprio marido começa a agir estranho. E aí ela acaba achando que eles fazem parte de algum tipo de seita de bruxaria e querem o bebê dela. Ela procura ajuda, mas todo mundo que ela acha que pode ajudar parece que também está ligada ao grupo. Até que a pegam a força e fazem o parto, mas ela desmaia e quando acorda dizem que o bebê morreu. Até que ela descobre uma passagem secreta pro apartamento ao lado do dela, onde todos estavam reunidos e o bebê estava vivo, mas aí vem a resposta. O bebê é o filho do diabo, que a escolheu para ser a mãe. Ela fica horrorizada, mas acaba aceitando-o como seu bebê. Bizarro demais, mas nessa época tinham mais filmes que tocavam nesse tema do satanismo com frequência, como A profecia.

Filmes que marcam época - Ep. 2: Sexta-feira 13

É uma série da Netflix que mostra os bastidores e desafios que os diretores e os atores passaram enquanto faziam os filmes. E esse é sobre como Sexta-feira 13 foi quase que totalmente feito no improviso, seguindo os passos do filme mais lucrativo do momento, Halloween. Pra mim, os dois são filmes totalmente diferentes, só tem algumas coisas em comum, mas que é coisa do gênero do terror. E interessante como a atriz que faz a mãe do Jason achou que ninguém iria ver o filme e ela leu o roteiro e achou uma porcaria mas ela só queria dinheiro pra comprar um carro. E mesmo com os críticos odiando o filme e o comparando com Halloween, ele foi um sucesso de público e tomou os cinemas cem vezes mais, se tornando um clássico dos filmes de terror. E mesmo assim, ninguém adivinharia que chegaria a ter 12 filmes no total, mas que o que ajudou mesmo foi o final em aberto e a trilha sonora bem trabalhada. O diretor também tinha uma amizade muito legal com Wes Craven, os dois fizeram alguns filmes juntos, mas logo depois ele criaria também sua franquia A hora do pesadelo. 

A mão que balança o berço (1992)

Direto ao enredo: uma mulher denuncia o ginecologista por abuso, assim ele acaba se suicidando antes de ser preso, mas a esposa dele, que estava grávida, acaba perdendo o bebê quando toma um tombo logo depois de saber que não teria direito a ficar com nada, nenhum bem material, tendo até que se retirar da própria casa, já que teria que usar os bens dele pra pagar a indenização do processo de abuso. E aí, alguns meses depois, ela vai até a mulher que processou o marido, se passa por babá pra cuidar dos filhos dela, esperando o momento certo pra se vingar. Só que ela acaba tendo inveja da mulher e querendo tomar o lugar dela, seduzindo o marido e até amamentando o bebezinho da mulher, pois ela ainda tinha o leite que o corpo dela já estava preparado pro bebê dela também. E aí, ela acaba sendo desmascarada mas já é tarde demais, faz um estrago na família, cria umas situações que prejudica todo mundo, mas acaba morrendo no final. O título do filme é citado por uma personagem que diz que a mão que balança o berço é a mão que governa o mundo.

Grease 2 - Os tempos da brilhantina voltaram (1982)

Engraçado com quase ninguém fala ou conhece esse filme, mas eu achei uma boa sequência, que faz uma ligação com o filme anterior trazendo um primo da personagem do primeiro filme. E a partir daí, o filme cria um romance, entre ele e a Michelle Pfeiffer, que pra mim já vale o filme, gosto muito dessa atriz. E é um filme pra você ver curtindo as músicas junto, além de ser uma representação bem legal de uma época que eu não vivi, os anos 60. Você pode assistir como um filme musical ou como um clipe de 2 horas com uma história conectando-os.

Invasores de corpos (1978)

Só pra contextualizar como eu descobri esse filme, no final dos anos 90 o roteirista Kevin Williamson criou alguns filmes em que subliminarmente tinha a metalinguagem, que eram comentários dos personagens comentando outros filmes que tem a situação parecida com o que eles estão passando: foi Pânico em 1996, depois Eu sei o que vocês fizeram no verão passado em 1997, Prova final em 1998, Tentação fatal em 1999, além da série Dawson's Creek de 1998 a 2003. E em Prova final, os alienígenas estão se passando pelos professores de uma escola, que mudam de personalidade, totalmente sérios. E esse filme aqui é citado nele.

E o enredo de Invasores de corpos é praticamente a mesma coisa: algumas pessoas começam a agir sem emoções, como se tivessem passado por uma lavagem cerebral, mas depois descobrem que é por uma clonagem que plantas estão fazendo dos humanos. E aí o filme vira uma perseguição sem fim pois a intenção é que todos sejam transformados. O terror fica por conta da desconfiança, pois não há em quem confiar, ao mesmo tempo em que não há onde se esconder. Achei interessante que tem o Jeff Goldblum, que viria a fazer A mosca e depois Jurassic Park e Independence Day. E teve uma versão mais antiga de Invasores de corpos, que ficou com o título Vampiros de almas, de 1956.

American Pie (1999)

Esse filme é uma contradição se a gente pensar com o olhar de hoje em dia: ele tem umas cenas e uma temática adulta e quase todo mundo assistiu enquanto era criança, acabei de reassistir pensando nisso. Mas também era uma época em que Mamonas Assassinas, Raimundos, a televisão em geral era bem liberal, e já começavam a surgir filmes que começavam a se desafiar pra ver qual iria ser o mais ousado em relação às cenas.

Vamos ao enredo. Quatro amigos, que nunca conseguiam ir além com as meninas, fazem um pacto de ajudarem uns aos outros a conseguir fazer sexo antes da formatura, que está a algumas poucas semanas. E aí, começam as estratégias de cada um, e no final, todos conseguem, mas o caminho pra isso é muito engraçado. Aí temos que analisar cada personagem, que são o charme do filme. Jim é o garoto tímido que consegue levar uma menina pra casa dele, mas dá tudo errado quando ele deixa a câmera do computador ligada transmitindo pra escola toda, mas acaba depois com a nerd flautista que toca na banda da escola. Kevin é o único deles que já tem namorada, que é a Vicky, mas ela quer ter certeza que ele é o homem certo pra ela, querendo que ele diga que a ama. Oz tenta pegar uma menina, mas acaba tomando um fora e aprende um conselho importante, de chegar de forma diferente, assim participa do grupo de coral e conhece a Heather. E o Finch, que pede pra uma amiga espalhar um boato falando bem dele, até que isso gera a revolta em outro colega da escola, o Stifler, que arma uma situação para humilhá-lo, mas no final, quando tem a festa da formatura no chalé desse mesmo colega, Finch conhece a mãe dele e os dois acabam tendo relação, com o Stifler pegando-os no flagra. E ainda tem a história do pai do Jim, que é aquele cara que tenta ser descolado mas só cria situações constrangedoras.

E ainda tem a participação da banda Blink-182, tanto na trilha como numa cena, o que é um registro bem legal, ainda mais quando a gente vê o rumo que a banda tomou agora 25 anos depois. American Pie é um clássico, gerou 9 filmes no total, elevou o gênero do besteirol que até então não tinha nem surgido Todo mundo em pânico ainda, o mais recente na época era Quem vai ficar com Mary?, embora seja uma versão moderna do filme Porky's, com quase a mesma temática, mas dos anos 80.

Homem-Aranha 2 (2004)

Falando com toda sinceridade, eu nunca fui fã de filmes de heróis justamente pela previsibilidade, já dá pra adivinhar o que vai acontecer sem nem precisar assistir. Mas nos bastidores dessa trilogia tem uma situação muito especial e até intrigante: esses filmes foram dirigidos pelo mesmo diretor de Evil Dead, que é um filme macabro de terror, assim passei a enxergar com outros olhos. Até tem a participação do ator principal de Evil Dead nos três filmes do Homem-Aranha, inclusive o mais sensacional foi uma referência explícita a uma cena de Evil Dead na qual esse personagem pega uma serra elétrica e corta a própria mão, e isso acontece bem parecido aqui. Outra cena também é quando os galhos de uma árvore enroscam e puxam as pessoas, aqui sendo usado pelo vilão da vez, que substitui os galhos por tentáculos de uma armadura. Só de ter entendido isso, já gostei do filme.

E o enredo: basicamente continua de onde parou, com o Peter ainda escondendo quem ele é realmente, com o melhor amigo dele ainda traumatizado com a morte do pai e com a Mary Jane envolvida com outro cara e também sem saber que é o Peter que é o Homem-Aranha. Mas o mistério acaba e no final todo mundo acaba sabendo, a Mary Jane fica com ele e termina tudo bem. Até parece que esse filme é realmente uma parte dois do primeiro filme. 

Homem-Aranha (2002)

A minha crítica em relação aos filmes de super-heróis é que já é tudo muito previsível, o que acaba sendo um filme sem supresa nenhuma. O herói vai sempre ganhar e o vilão vai sempre perder. E tira qualquer chance de perigo real, que é o que justamente me atrai nos filmes de terror. Quem diria, por exemplo, que nos filmes Pânico iriam ser sacrificados tantos personagens importantes? Mas isso também que gera uma curiosidade pelo que vem: a imprevisibilidade.

E o enredo aqui: um garoto tímido, que não se dá bem com ninguém da escola, com exceção de um único amigo, acaba sofrendo uma mutação depois que é picado por uma aranha. E descobre que tem a capacidade de lançar teias e passa a ser um justiceiro das ruas, principalmente quando seu tio acaba vítima de um bandido. Mas esse único amigo dele tem um pai que é o principal vilão, que é um homem que fica apelidado como Duende Verde, depois que desenvolveu uma tecnologia que acabou por torná-lo malvado. E a única menina que o Homem-Aranha tem uma paixão na escola está interessada nesse amigo também. Então esse é o enredo do filme. 

Mas no final, o Homem-Aranha mata o pai do amigo e a menina o beija mas ele diz que serão apenas amigos. Termina sem o amigo dele nem a menina saberem que ele é realmente o Homem-Aranha. E aí tem muita ação e efeitos especiais e o super-herói retornou aos cinemas com um novo ator, mas o primeiro filme foi em 1977, que quase ninguém conhece. E o mais bizarro é que essa trilogia é dirigida pelo mesmo diretor dos filmes Evil Dead, e esse de 2002 é do mesmo roteirista de vários fimes Jurassic Park.

Legalmente loira (2001)

Já quero começar explicando o filme pelo título, que é perfeito pro enredo: esse "legalmente" do título é pela faculdade que a protagonista escolheu, que é direito. Então tem a ver com leis, sobre o que é legal, mas não no sentido de algo que é bom e sim no sentido de algo que está ligado às leis. E eu nunca tinha percebido que era por isso e ninguém nunca comentou comigo sobre isso, então essa foi minha primeira surpresa.

Agora, o enredo é sobre uma menina que é desprezada por um carinha da escola, mas aí se matricula na mesma universidade que ele, para tentar se aproximar. Mas ele já tem outra menina que está conhecendo e aí vira essa comédia romântica bobinha sobre ela tentar conquistar o cara. Além disso, o filme tem um tipo de suspense investigativo quando os alunos vão fazer estágio analisando um caso real de assassinato e o desfecho é inesperado. Interessante, mas nitidamente voltado para o público feminino pré-adolescente.

Um efeito ótico (2020)

Esse filme é confuso, sem sentido, com reviravoltas malucas e um final mais misterioso ainda. E se você acha que isso é uma crítica, é justamente o oposto, pois eu adorei o jeito que o filme criou um mistério intrigante e me deixou esperando por uma reposta que nunca veio. Mas o legal desse tipo de filme é que ele acaba nos forçando a assistir outra vez ou até compartilhar alguma teoria com outra pessoa que assistiu. 

Vamos ao enredo: um casal compra um pacote de viagem pra Nova York, vai pro aeroporto, chega na cidade, vão pro hotel, mas quando começam a passear reparam que os pontos turísticos não parecem nada com Nova York. A partir daí começam a desconfiar de que não estão em Nova York e que tomaram um golpe da companhia de viagem. Mas aí tem um homem negro bem forte que fica encarando eles, além de pessoas que não deveriam estar ali, como um amigo deles que mora na mesma cidade que eles. Até que aí vem a primeira maluquice: durante a noite, o marido acorda e vê a filha dele adulta parada junto da cama, ela se aproxima e ele pergunta se está sonhando, aí ela diz que não é um sonho, mas que é um filme e que terá que recomeçar do início de novo. E o filme realmente começa do zero. Com o casal viajando de novo. Vou parar por aqui pois quero que você assista e se tiver alguma teoria, comenta aqui.

The Crush - Paixão sem limite (1993)

O tema da pedofilia, em vários filmes, tenta mostrar um lado controverso, em que as pessoas adultas (que nem sempre são homens) são seduzidas por menores de idade, causando um suspense, principalmente quando esses adultos os rejeitam, pois sabem que podem se meter em problemas. E eu não tinha me tocado que isso é quase um subgênero dos filmes de suspense, acredito eu que seguindo os passos de Lolita, que surgiu como livro em 1955. 

E eu posso citar muitos filmes nesse mesmo tema: Pele de asno (1970), Minha professora de francês (1983), Amor de menina (1984), Beleza roubada (1996), A babysitter (1996), Medo (1996), Wicked - Diabólica (1998), Beleza americana (1999), Malena (2000), Inocência marcada (2001), A vida de David Gale (2003), Show de vizinha (2004), Amor por contrato (2009), A órfã (2009), E aí, comeu? (2012), Este é o meu garoto (2012), Tudo para ficar com ela (2014), Bata antes de entrar (2015), A babá (2017), Por trás da inocência (2021). E quando a gente pensa na polêmica que foi o filme Amor, estranho amor, que a Xuxa fez em 1982, ele não foi o único.

Enfim, o enredo desse filme é basicamente isso mesmo: uma menina de 14 anos se apaixona por um cara de 28 anos, mas não é correspondida, surta e tenta acabar com a vida dele e da nova namorada que ele arrumou. Convence todo mundo, faz um inferno na vida do cara e termina internada numa clínica psiquiátrica. Tem um diálogo interessante dela tentando convencê-lo de quem em 10 anos ela vai estar com 24 e ele com 38 e não vai ser mais uma coisa errada.