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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Desconstruindo Harry (1997)

Tem algo de genial nesse filme que é até difícil de explicar, o que deixa o Woody Allen até parecer acima da média dos seres humanos normais, digo em questão de inteligência e personalidade, pois pra alguém ter a imaginação de fazer uma história dessa não pode ser uma pessoa normal. E o enredo me enganou várias vezes, me surpreendendo até eu realmente entender a grande piada que ele quis contar. E aqui é sobre um homem que é escritor, mas que usou a história real dele disfarçada de ficção, mudando apenas poucos detalhes. Mas as pessoas citadas se sentiram incomodadas dele ter revelado coisas íntimas e foram tirar satisfação com ele. E em determinado momento, o escritor começa a conversar e interagir com seus personagens como se fossem pessoas reais. Mas o filme é tão cheio de diálogos, que parece que durou umas 6 horas, pois é muito assunto acontecendo. Então eu acredito que isso foi uma perspectiva do próprio Woody Allen em relação ao trabalho dele, internalizando os personagens dele, que na verdade são todos parte dele próprio. Tem uma semelhança interessante que eu sinto em relação ao Woody Allen e o Chorão, do Charlie Brown Jr: os dois eram muito comunicativos e jogavam todos os sentimentos, bons ou ruins, no trabalho. Quando eu pegava um disco novo do Charlie Brown, sempre me pareceu uma continuação dos anteriores, trazendo as mesmas questões sobre amor e ódio, guerra e paz, Deus e o sentido da vida. E esse filme acaba sendo também uma junção de esquetes dentro da história, mostrando essas citações que o escritor usou nos livros dele, é só isso já seria interessante. 

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