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terça-feira, 19 de agosto de 2025

Escola de aermoças (1986)

Antes de falar do filme, acho engraçado como esse gênero de comédia besteirol tem tantos filmes desconhecidos, pois os mais lembrados são sempre os mesmos, mas esse aqui é a prova de que sempre foram feitos muitos filmes desse estilo. E aqui é apenas uma desculpa pra inserir piadas e situações sexuais dentro do cenário da aviação. Pois começa com dois amigos que se inscrevem na escola de aeromoças, mas não com intenção de trabalhar com isso, mas de conseguir sair com alguma mulher. E aí, eles passam pelo curso e depois enfrentam uma situação real de terrorismo num avião, mas conseguem contornar e dá tudo certo no final. Um detalhe legal é que tem a participação do ator que faz o Goodwin, de Lost, vinte anos da série. Também me lembrou o filme Apertem os cintos, o piloto sumiu!, mas que teve dois filmes lançados antes, em 1980 e 1982. 

Ecos do além (1999)

Esse filme tem um enredo que engana a gente, da mesma forma que o personagem principal não sabe o que está acontecendo, se ele está alucinando ou se está realmente acontecendo algumas coisas sobrenaturais. E isso acontece porque ele aceita participar de uma sessão de hipnose como parte de uma brincadeira, mas isso acaba permitindo que ele se conecte com o mundo sobrenatural. E uma menina chamada Samantha começa a se comunicar com ele, pra mostrar que ela foi assassinada e enterrada no porão da casa onde ele mora. E essa casa é alugada, então o crime ocorreu antes dele morar lá. O filme tem alguns sustinhos, mas ele funciona mais como um drama com um suspense. 

sábado, 16 de agosto de 2025

O império das formigas (1977)

Antes de tudo, vamos situar esse filme no tempo em que foi lançado. Embora pareça um filme diferente, já teve outros filmes mais antigos, como O mundo em perigo, de 1954, que também era sobre formigas gigantes. E nem precisa de tanta explicação assim: as formigas comem um líquido radioativo, assim ficam gigantes e começam a atacar as pessoas. Até que acham uma maneira interessante de acabar com elas: atraindo-as pra uma usina de açúcar e explodindo tudo. Mas o filme aproveita pra abordar alguns assuntos interessantes, com alguns personagens sendo egoístas e largando os outros pra morrer. E parece que esse filme inspirou Querida, encolhi as crianças também, mas ao contrário, encolhendo as crianças para encontrarem formigas que pareciam gigantes.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Submersos (2002)

Eu gostei tanto desse filme que me perguntei o motivo de eu nunca ter ouvido falar dele até agora. E é uma história com um mistério tão interessante, onde um submarino acaba ficando perdido no fundo do mar, depois de ser atingido por outro submarino inimigo. E tem um aspecto meio Poltergeist, até copiando a cena do reflexo do espelho que se mexe sozinho. E o elenco também era de gente conhecida na época, o que me fez questionar como esse filme não foi mais popular. E o que eu mais gostei mesmo foi a ambientação dentro do submarino, pois dá pra sentir que estamos mesmo dentro de um, inclusive a câmera se movimenta de um jeito muito interessante entre os compartimentos. 

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

O demolidor (1993)

Eu lembro muito bem desse filme nos anos 90, em como parecia absurdo o roteiro em mostrar como seria o futuro, mas, olhando agora em retrospecto, é inacreditável o quanto ele acertou. Pois o enredo dele parece ser basicamente um filme de ação, de um policial perseguindo um bandido, mas se torna muito maior quando os dois são congelados, como parte de um experimento, para serem descongelados depois de 36 anos, em 2032. Só que nesse futuro, os policiais não sabem abordar mais com violência, o que torna o bandido do passado impossível de ser contido, assim descongelam o policial também. Mas vamos às previsões do filme. Nesse futuro, se você fala um palavrão, imediatamente é multado, pois há uma vigilância em todo lugar. E também as relações sexuais, aqui são apenas virtuais, para evitar transmissão de doenças. E o modo como o bandido usa pra abrir portas, que aqui não se usa mais chave, é inacreditável também: nesse futuro, as portas se abrem por reconhecimento de retina, e ele arranca um olho de um policial e fica andando com ele espetado numa caneta abrindo as portas. Vendo hoje, essas tecnologias já existem em 2025, mas em 1993 não tinha nada nem parecido com isso. Também tem algo parecido com uma Alexa, quando uma policial entra em casa e vai dando ordens pra um sistema que vai acendendo as luzes, etc. 

terça-feira, 12 de agosto de 2025

O nevoeiro (2007)

Quando um filme é baseado em um livro de Stephen King, pode esperar que é algo bem maluco e que nem sempre há uma explicação sensata no final. No caso desse filme aqui, um nevoeiro encobre uma cidade e algumas pessoas acabam se escondendo em uma loja. Mas algumas criaturas estranhas conseguem entrar e os atacam, com uns tentáculos que entram por uma passagem e arrastam um homem pra fora. Além disso, tem um tipo de gafanhotos enormes que batem na janela da loja, mas acabam sendo devorados por outros bichos voadores que até parecem dinossauros. Mas o filme não quer mostrar ou explicar o que são essas coisas e sim mostrar como as pessoas acabam agindo em situações decisivas, o que torna o filme muito mais interessante, cheio de conflitos e decisões arriscadas. O final é a pior decisão que poderiam ter tomado.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Eu, robô (2004)

Muito maluco pensar que esse filme se passa em 2035, quando atualmente estamos numa era da inteligência artificial evoluindo, sendo que o filme fala das leis que regem a consciência dos robôs. E basicamente o que o filme quer falar aqui é como funciona essa legislação dos robôs, que diziam principalmente que eles não podem fazer mal a um humano. E essa história começa com uma investigação de um crime que seria causado por um robô contra um humano. Pensando como um roteiro desse seria bem futurista em 2004, ele surgiu de um livro de 1950, o que é mais assustador ainda. E agora, em 2025, acaba parecendo que é uma história atual até. 

Olha quem está falando (1989)

Esse é um filme totalmente descontraído, com praticamente nenhum conflito ou tragédia, quase que feito sobre medida pra passar na Sessão da Tarde. A história é sobre uma mulher que tem um caso com um homem casado, que promete que vai se separar da esposa pra ficar com ela. Mas adivinha, não é bem assim, ela fica grávida, mas acaba sendo mãe solteira. Até que a bolsa dela estoura no meio da rua e um taxista a leva pro hospital, mas os médicos acham que ele é o pai, ele acaba fazendo amizade com a mulher e vira o babá da criança. Entre tentativas de conhecer outro homem e tentar algo de novo com o pai do bebê, ela acaba aceitando que o taxista é o homem ideal pra ser pai do bebê, eles ficam juntos e o filme termina mostrando que ela teve outro bebê, uma menina, filha dele. O título do filme é porque o bebê tem pensamentos durante o filme todo, que é o diferencial do filme, mas ninguém consegue perceber isso. Mas outras crianças conseguem se comunicar com ele por telepatia. 

domingo, 10 de agosto de 2025

O sexto sentido (1999)

Quando esse filme saiu, admito que não achei a menor graça nele. Não sei se pra época ele parecia tão parado e previsível, ou se eu estava numa época de filmes de terror com mistérios e assassinos. E, aqui, embora tenha uma reviravolta final interessante, também me pareceu muito mal explicada. E vamos direto ao final: o personagem principal está morto, mas não sabe disso ainda. E o que aconteceu foi o seguinte: o filme começa mostrando um casal na sua casa, quando percebem que alguém a invadiu e que o invasor é um paciente psiquiátrico. E o médico dele é o morador da casa, que acaba tomando um tiro do doente em surto, antes dele se suicidar também. Só que não mostra o que aconteceu depois do tiro, se ele sobreviveu ou não. Mas aí corta pro médico acompanhando um menino, que é seu novo paciente, que alega conversar com pessoas mortas, mas ele jamais imaginaria que ele também é uma dessas pessoas, pois ele morreu no começo do filme, com o tiro.

Beethoven 2 (1993)

O próximo passo na história do Beethoven é muito interessante, não apenas pelo jeito que desenvolve um romance do cachorro, mas também fazendo com que seja uma questão pra família dele. E o que acontece é que o Beethoven acaba conhecendo uma cadela da mesma raça dele e os dois se apaixonam, mas a dona do cachorro está brigando pela guarda dela com o ex-marido, então tem a princípio esse impedimento deles manterem contato. Mas logo isso passa, Beethoven acaba engravidando-a e nascem 4 filhotinhos. Até que as crianças descobrem tudo e levam os cachorrinhos pra casa, o que acaba sendo um dilema pro pai, que não é tão fã de cachorros. 

Agora, lembrando aqui por alto de como tinha tanto filme legal assim nos anos 80 e 90, que o foco era família e animais de estimação, histórias de cotidiano legais. Tinha Querida, encolhi as crianças, que também envolvia aventura com familia; Olha quem está falando, que era sobre bebês que se comunicavam em pensamento; sem contar os filmes de família passando férias juntos; ou os filmes dos 3 ninjas. Esse filme do Beethoven me fez lembrar disso tudo. Também é interessante que esse filme não virou uma franquia longa de imediato, pois nos anos 90 não era muito comum que um filme tivesse sequência, então quando tinha dois já era suficiente. 

sábado, 9 de agosto de 2025

Beethoven, o magnífico (1992)

Vários cachorros são roubados de um abrigo, colocados numa van, sendo levados por bandidos. Mas dois deles conseguem fugir, sendo que um deles é um filhote de São Bernardo, que acaba passando a noite dentro de uma lata de lixo, até que amanhece e vai passeando pela rua, até invadir uma casa. Só que ninguém percebe que ele entrou lá, passam por ele sem notá-lo. Até que o descobrem e acabam achando que foi um presente do pai, que comprou o cachorro. E aí insistem pra ele ficar, acabam conseguindo, mesmo que desagrade em relação à bagunça que ele faz. Mas ele vai ganhando o coração de todo mundo, inclusive ajudando em alguns aspectos pessoais de cada um. Só que, no final, acaba acontecendo uma grande reviravolta e o cachorro acaba sendo levado embora, mas conseguem resgatá-lo, junto com vários outros, assim a casa termina lotada de cachorros. O nome que a família acaba dando pro cachorro é Beethoven, pois a filha pequena da família acaba tocando no piano uma música do famoso pianista Beethoven, assim batizando o cachorro.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Milagre na cela 7 (2019)

Então, pelo título, me pareceu que seria algo mais religioso ou mostrando uma situação espiritual, o que não é exatamente. O enredo: um homem acaba sendo incriminado por engano, mas está pra ser executado, enquanto sua filha pequena está com saudade do lado de fora, sofrendo com a ausência do pai. E isso é o que mais dá aquele aperto no coração, ver ela nesse expectativa. E aqui tem uma questão interessantíssima: o pai dela é especial, inclusive ela sofre preconceito dos colegas de escola por isso. Então ele também não sabe como explicar que não foi culpa dele o crime pelo qual foi acusado: que na verdade ele tentou salvar uma menina que caiu de um penhasco, mas entenderam que ele que causou isso. O desfecho do filme acaba sendo o mais imprevisível pela atitude de outro homem que estava preso com ele, que decide morrer no lugar dele, ajudando-o a ficar livre pra viver com a filha. E o reencontro dos dois depois disso tudo é realmente emocionante. O filme consegue, nessa última cena, captar a relação de pai e filha de um jeito puro e bem ingênuo, que mostra o amor verdadeiro entre eles. 

A. I. - Inteligência artificial (2001)

Se esse filme fosse lançado hoje, seria facilmente visto como um retrato do nosso tempo, mas como ele foi lançado há mais de duas décadas, acaba parecendo que estava prevendo o futuro, embora O exterminador do futuro e O homem bicentenário já tivessem ideias parecidas antes dele. E o enredo é sobre um robô realista, com a aparência de um menino, é adotado por uma família e acaba evoluindo ao ponto de ter sentimentos. Pra mim, o mais estranho disso tudo é como nós, seres humanos, temos essa necessidade de preencher algum vazio com essa recompensa emocional. Por exemplo, o que explicaria essa tendência dos bebê reborn, que nada mais são do que bonecos? Se esse filme aqui me parecia muito futurista na época em que foi lançado, hoje não me parece mais assim. Inclusive, também estão surgindo mais filmes com essa temática agora, como Megan, por exemplo. Um detalhe interessante é que esse filme foi ideia do Stanley Kubrick, que faleceu em 1999, mas ele passou o projeto pro Spielberg, que dedicou o filme pra ele. Inclusive essa amizade entre os dois gerou uma homenagem no filme Jogador número 1, onde há uma revisitação a uma cena de O iluminado.

domingo, 3 de agosto de 2025

A vingança do espantalho (1981)

Alguns homens saem pra fazer justiça com as próprias mãos, mas acabam matando um homem inocente. A partir daí, são perseguidos até a morte por alguém que sabe o que eles fizeram. Parece muito o enredo de Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, mas o filme só veio em 1997, a não ser que alguém tirou a ideia do livro, que veio em 1973. Mas vou explicar melhor: um homem meio bobão, que é nitidamente especial, e uma menininha são amigos e estão passeando num campo, até que a menina acaba sendo atacada por um cachorro, mas o homem a salva e a leva pra ser socorrida. Mas interpretam que ele a machucou, o perseguem, até o encontrarem escondido embaixo da roupa de um espantalho, no meio de uma plantação. Matam o homem, achando que estão certos. Só que depois descobrem que o homem estava ajudando a menina e não fez nada de errado, além dela ter sobrevivido ao ataque e estar bem. Mas agora é tarde demais, eles combinam de mentir dizendo que o homem os atacou primeiro e assim acabam livres da justiça. Mas um a um, eles vão morrendo de forma misteriosa, deixando a dúvida se é alguém que está se vingando ou se o homem poderia ter sobrevivido, ou até se é um deles do grupo. O desfecho eu deixo pra você assistir. É um filme interessante, além de que ele surgiu logo depois que Halloween e Sexta-feira 13 estavam dando os primeiros passos.

sábado, 2 de agosto de 2025

Halloween - 40 anos depois (2018)

Talvez a maior bagunça cinematográfica esteja nesse franquia de terror, pois de tempos em tempos eles refazem a história reconectando com algum filme e começando uma nova linha do tempo. Por exemplo, esse é o 11° filme da série, mas serve como uma continuação apenas do primeiro. Pra mim, analisando como um todo, não faz sentido fazer isso, até porque desmerece a trajetória de todos os filmes, podia aproveitar e fazer um enredo mais abrangente, considerando tudo que veio antes. Por exemplo, até o segundo filme, que continuava diretamente na cena final do primeiro, não é considerado aqui. Ou seja, é apenas aquele fragmento lá do primeiro filme, aí passou 40 anos e a história está continuando.

Então vamos analisar apenas esses dois filmes, o de 1978 e o de 2018. O Michael foi preso, passou esse tempo todo num manicômio e acaba fugindo, fica solto pela rua, matando um monte de gente, até que encontra a Laurie de novo, mas ela o prende no sótão da casa dele e o queima vivo. A impressão é que fizeram um remake do segundo filme de novo, só que tiraram o cenário do hospital, pois até no filme antigo ele acaba queimado também. O que tem de legal nesse filme é apenas rever a Jamie Lee Curtis voltar ao papel, já que nem sempre ela foi o foco da história. E em questão de produção, esse está muito acima de tudo que foi feito até aqui, mas o roteiro é bem simples mesmo. É só matança aleatória. E o que eu acho incrível é como uma história que não tem nada a dizer chegou tão longe. Não é uma crítica, eu até fico interessado, mas sinto que falta algo. 

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Em 27 meses, eu fui no cinema 28 vezes

Eu não vou todo mês no cinema, mas estava vendo quais filmes eu assisti no cinema de 2023 pra cá. E me surpreendi: a média está 1 filme por mês. A lista abaixo.

  • Abril: Pânico 6
  • Julho: Sobrenatural 5 e Indiana Jones 5
  • Agosto: Missão impossível 7
  • Setembro: A freira 2
  • Outubro: Jogos Mortais 10
  • Novembro: Five nights at Freddy's
  • Dezembro: Jogos vorazes 5
  • Janeiro: Patos!, Wish e Beekeeper
  • Fevereiro: Todos menos você
  • Março: Madame Teia
  • Maio: Planeta dos macacos - O reinado
  • Julho: Hachiko
  • Agosto: Meu malvado favorito 4 e Longlegs
  • Outubro: Sorria 2
  • Novembro: O senhor dos anéis - A guerra de Rohirrim 
  • Janeiro: Mufasa
  • Fevereiro: Lobisomem
  • Maio: Premonição 6 Karate Kid 6
  • Junho: Missão impossivel 8 
  • Julho: Jurassic World - Recomeço e Superman, Eu sei o que vocês fizeram no verão passado (duas vezes)

Halloween - A noite do terror (1978)

Antes de falar do enredo, acho que o mais interessante desse filme é a ligação que ele tem com outro filme mais antigo, do Hitchcock. A Janet Leigh, que é a mulher que morre na cena do chuveiro em Psicose, de 1960, é a mãe da Jamie Lee Curtis, que viria a protagonizar Halloween, depois de 18 anos, sendo o início de uma nova fase do cinema do terror de assassino, os slasher movies. Tirando essa curiosidade, o filme é tão simples, que é até difícil falar dele a não ser essa influência que ele teve pro gênero, pois ele ajudou a consolidar muitos clichês que são usados até hoje, mas que começaram mesmo com Psicose. Mas é sobre um menino que matou a irmã na noite de Halloween, passou 15 anos internado num manicômio, fugiu e retornou pro bairro onde morava, mas acabou cismando com umas pessoas aleatórias e ficou vigiando elas, descobriu onde moravam e acaba matando-as, sem um motivo plausível. E tem um médico que acompanhava o tal assassino, que passa o filme todo perseguindo-o, mas só aparece no final pra dar uns tiros nele e mesmo assim ele consegue fugir. Termina com um final aberto, que também virou uma tendência no gênero.

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Não se preocupe, querida (2022)

Esse filme segue a mesma ideia de Matrix, Vanilla Sky e O show de Truman, pois é sobre pessoas vivendo num tipo de sociedade experimental, baseada numa comunidade dos anos 50. Só que aí uma mulher começa a se questionar sobre algumas coisas, pois ela na verdade não lembra como foi parar ali. E como é uma sociedade com várias pessoas, tudo acaba sendo normalizado. Então ela entende que, na verdade, aquilo tudo é uma ilusão e ela está apenas dopada numa cama, vivendo essa realidade fictícia em conjunto com outras pessoas. E se você conhece o roteiro dos filmes que eu citei vai entender agora o motivo. A ideia é até interessante, mas esse título acaba sendo bem vago em relação ao tema. E a atriz principal desse acabou fazendo um outro filme em que ela também vai conhecer uma sociedade isolada e acaba se impressionando com a cultura maluca deles, que é Midsommar - O mal não espera a noite.

Perigo em alto mar (2010)

Esse é mais um filme que aborda um grupo de pessoas que acabam ficando isoladas no mar por algum motivo, e nesse aqui é pelo motivo que o barco deles bate em alguma coisa e vira de cabeça pra baixo. Eles tentam nadar até uma ilha próxima, mas um deles acaba ficando no barco mesmo. Aí eles são atacados por um tubarão, vai devorando um a um até só sobrar um casal. Mas aí esse casal consegue chegar até uma pedra, a mulher consegue subir mas o cara não, ficou escorregando e o tubarão o pegou também. Não é um filme inovador nem nada demais, mas esse é um medo real que eu jamais gostaria de passar.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Pânico em alto mar (2006)

Olha que coisa mais doida: o título original desse filme em inglês se apropriou do título de outro filme, que é o mesmo tema, mas não é continuação, Mar aberto, de 2003. E mesmo assim, ainda gerou mais um filme desconexo que deram o mesmo nome, mas aqui no Brasil é chamado de Terror profundo, de 2017. Então esses três filmes são conhecidos como a trilogia Open Water, que aqui foi totalmente descaracterizado.

E o enredo: uma mulher que teve um trauma de infância com o mar, quando seu pai morreu afogado, acaba indo com uns amigos pra um passeio de lancha. Mas um deles a pega a força e faz a brilhante brincadeira de jogá-la na água, quando todos já mergulharam. Mas aí se dão conta de que não desceram a escada pra retornarem, ficando sem poder voltar. O resto do filme é eles tentando achar um jeito de subirem na lancha, mas o perigo aqui não são tubarões e sim a tempestade que começa. O trauma da menina é muito bem abordado, com ela precisando superar o passado.

Club Dread - Pânico na ilha (2004)

Esse filme poderia muito bem servir como uma sátira de Eu ainda sei o que vocês fizeram no verão passado, pois tem muita coisa parecida, mostrada quase que como uma sátira: o cara do cabelo jamaicano, um assassino de capa, além do cenário da ilha. Mas aqui é um clima praiano, com trilha sonora de reggae e bem tropical mesmo, que intercala com momentos de suspense. E tem umas ideias aqui bem legais, como quando o assassino joga uma TV numa piscina e mata um rapaz eletrocutado. Gostei do filme já começar com uma cena de perseguição e depois contar a história por flashback. Mas ainda é um besteirol. 

domingo, 27 de julho de 2025

A reviravolta mais maluca do cinema em 2025 faz sentido?

Vamos a uma análise rápida de como muitos filmes acabam se tornando previsíveis e sem surpresa nenhuma, mas não que isso seja uma crítica, apenas uma constatação. Esse ano mesmo tivemos já muitos filmes que estão voltando com novos capítulos, como Missão impossível por exemplo, que você já sabe como vai acabar, embora um personagem antigo seja sacrificado, mas as acrobacias do Tom Cruise são absurdas e sem muita novidade. Premonição também, embora tenha justificado onde tudo teve origem, a fórmula foi cumprida exatamente, mas eu queria ver um filme por exemplo desses que ninguém morresse, seria o oposto do esperado. Ainda teve Jurassic World totalmente previsível e sem muito a contar, embora eu ache que esse foi um capítulo importante pro futuro da história. Karate Kid, embora eu tenha adorado ver o Joshua Jackson no elenco, é praticamente a mesma história de sempre. Superman, mais uma versão que você já sabe como termina, mas ainda teve a participação do cachorro que foi um diferencial, mas não como uma reviravolta. Ainda teve uma versão do Lobisomen. Teve os filmes Heart Eyes e Drop - Ameaça anônima, que mexem com reviroltas, mas também não chega a ser diferente do gênero de suspense thriller. Também teve a volta do Paddington, que é um filme muito legal e uma aventura divertida, mas as surpresas estão na viagem que ele faz. Um dos que eu gostei muito em relação ao roteiro foi Outro pequeno favor, mas continua o desenrolar que o primeiro filme já fazia, Um pequeno favor. E também teve o quarto Rua do medo, que fez uma analogia com Carrie, mostrando uma revelação de uma família de assassinos. 

Agora, teve um que ousou sorrateiramente inverter tudo, não só so gênero do terror, mas do cinema em geral. E esse filme foi Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, que é o quarto filme na sequência, que ousou transformar o grande herói em vilão. Ou seja, a gente conhece o personagem há 28 anos, ele foi perseguido por um assassino, mas sempre foi atrás de salvar a sua namorada, que acabou virando sua esposa, até onde tinha acabado a história. E depois disso tudo, resolvem que seria interessante transformar o cara no novo assassino, que estaria remoendo traumas do passado. O mais interessante é que esse novo filme valorizou os filmes anteriores, no sentido de reassistir para encontrar indícios de onde isso já poderia ser possível. E é impressionante como o Ray, personagem do Freddie Prinze Jr, tinha uma inclinação meio macabra. 

  • No começo do primeiro, de 1997, quando ele conta a história da lenda do cara do gancho, depois ele assusta a Julie como se fosse atacá-la. Depois que o crime acidental acontece, ele fica com uma cara meio de reflexão, que se repete a mesma expressão depois que a Julie diz que não quer mais saber dele. Até o final, quando ele salva a Julie do ataque do pescador, ali era o trauma começando a tomar forma, pois ele estava se tornando um assassino mesmo que fosse pra salvar a namorada. Até nesse filme novo, ele repete uma frase que o assassino falou pra namorada dele: "Feliz 4 de julho, Julie!", pois a história se passa no dia da independência dos EUA.
  • E no segundo, de 1998, quando o pescador mata o amigo dele e corre com o carro atrás dele, fazendo-o ficar desacordado e ir até uma ilha isolada salvar a namorada, ele vende o anel de noivado que iria dar pra ela e compra uma arma. O vendedor da loja de armas pergunta se ele sabe o que está fazendo, ele diz apenas pro cara carregar a arma e não dá muita satisfação. Até que ele chega no final e surpreende o assassino, que fala o seguinte: "Pense o que vai fazer, garoto! Você não é um assassino, isso é pra mim! Isso não está em você!" E ele acabou se tornando isso mesmo.

Ou seja, isso tudo já estava meio que subliminarmente ali, que acredito que a roteirista teve essa análise pra fazer essa reviravolta agora. E mesmo nos filmes Pânico, que adoro a revelação do assassino do quarto filme, ainda ficou tudo dentro de um padrão. É aquela surpresa que quando é revelada, acaba sendo aceita pela justificava que eles dão. Lenda urbana, Jogos mortais, entre outros também seguem esse padrão. E os clássicos, Sexta-feira 13, A hora do pesadelo, Brinquedo assassino, Halloween, já sabemos quem é o vilão. Pra mim, essa revirolta do novo Eu sei o que vocês fizeram no verão passado levou o filme e a franquia a um patamar nunca alcançado na história do cinema. 

Fala aí, que outro filme transformou um herói em vilão depois de quase três décadas?



Pânico nas alturas (2019)

Eu assisti esse depois de ter assistido Pânico na neve, lançado 9 anos antes, e o que me chamou atenção é a semelhança do roteiro em relação a pessoas que ficam presas em algum lugar no alto. Se no outro filme era num teleférico, nesse é um bondinho, só que muito mais alto e em um contexto totalmente diferente. Os personagens aqui não se ajudam tanto e até acabam sendo egoístas e se viram uns contra os outros quando a questão é sobreviver. E eles estavam indo passar a virada do ano nesse passeio, ou seja, se passa em 31 de dezembro, o que justifica também do lugar estar fechado. E nisso só acaba sobrando uma menina, que fica pendurada na estrutura do bondinho, pois até ele despenca lá de cima, então só sobra um pedaço que predia ao cabo de aço. Até que o namorado dela, que não tinha ido no passeio, acaba notando que ninguém retornou e consegue chegar à base do local e puxar a estrutura de volta. Tem um romance interessante deles, pois ela descobre que ele iria pedí-la em casamento lá em cima, quando acha o anel que ele deixou na mochila. E da mesma forma, ela já estava grávida dele e não tinha contado ainda. Mas os dois se reencontram no final.

sábado, 26 de julho de 2025

Pânico na neve (2010)

Incrível como um roteiro que poderia ser facilmente resumido em uma única frase consegue gerar um filme tão angustiante e tenso. É realmente impressionante, pois os personagens estão em uma situação tão absurda que só dá pra imaginar o que faríamos no lugar deles. E tem muitos filmes com esse tema: em Águas rasas, uma mulher fica presa numa pedra no meio do mar, cercada por tubarões; em A queda, duas amigas ficam presas no alto de uma torre; em 127 horas, um homem fica preso numa cratera no deserto, quando a mão dele é prensada por uma pedra.

Vamos a esse aqui. São três amigos que estão num passeio na neve, mas acabam esquecidos pelos funcionários de um teleférico. Só que o lugar só volta a abrir na próxima semana, ou seja, ou eles vão morrer de frio ou de fome. Um deles tenta pular, mas acaba quebrando as duas pernas, ficando imobilizado, mas aí tem um outro perigo que eles não esperavam, um bando de coiotes o ataca. Impossível parar de assistir depois que chega nesse ponto.

terça-feira, 22 de julho de 2025

Milionário num instante (1990)

Tem três coisas interessantíssimas nesse filme: a primeira é que o menino que confronta o Alan no começo do Jurassic Park, de 1993, faz uma participação aqui; a segunda é que esse foi o primeiro roteiro do JJ Abrams, que viria a fazer Lost, 14 anos depois; a terceira é que esse enredo parece ter inspirado a música do Charlie Brown Jr, que conta a mesma história, Rubão. Partindo pelo raciocínio da música, é sobre um cara que encontra uma agenda cheia de cartões de crédito, que um cara milionário esqueceu num orelhão, assim passando a assumir o lugar dele, já que sabe os compromissos dele e tem todos os contatos, que estavam na agenda. Só que esse cara que achou a agenda é um fugitivo da prisão, que só fugiu pra assistir um jogo de beisebol e acabou ficando... milionário num instante. Esse é o enredo do filme, até que os dois acabam se conhecendo e, ao invés de virarem inimigos, acabam fazendo uma amizade e se ajudando. 

Heart Eyes (2025)

O nome do filme faz referência ao nome do assassino do filme, que seria Olhos de Coração, que está matando casais no dia dos namorados. Embora lembre um pouco a ideia de Dia dos namorados macabro, aqui é mais uma versão cômica, mas não exatamente como uma paródia. Os personagens principais são excelentes, a menina principal tem um carisma incrível. Vou confessar que só vi o filme por causa dela. E também faz parte dos filmes do diretor Christopher Landon, embora aqui ele faça apenas o roteiro. Mas a carreira dele está indo muito bem, já criou o padrão de toda personagem principal dele ser uma loira, passando por situações de tensão, como Drop - Ameaça anônima e A morte te dá parabéns. Em Heart Eyes, a grande ironia é que a menina deu um beijo num colega de trabalho apenas para fazer ciúme no seu ex, mas acaba causando uma confusão quando o assassino acha que eles são um casal, assim viram os próximos alvos.

Superman (2025)

A minha opinião pra esse universo de super heróis que vem surgido infinitamente é a mesma desde sempre: se essas duas produtoras investissem em fazer algo contínuo, sem precisar reciclar constantemente o mesmo enredo, mudando os atores e começando tudo de novo, talvez seria mais interessante. Pois eu lembro ainda do Superman com o Christopher Reeve lá dos anos 70, sendo que depois dele ainda teve mais 3 atores que interpretaram outras versões do personagem, além de mais cinco atores que também fizeram o mesmo papel pra séries de TV. E se, de 2013 a 2022, ainda estava indo tudo bem com o mesmo ator, que era o Henry Cavill, qual a necessidade de refazer isso agora? A impressão que eu tenho é que os produtores desistem ou acabam sem ideias e querem arrumar mais um jeito de lucrar, o que sempre dá certo. Por exemplo, teve uma onda de remakes dentro dos filmes de terror, que também foi um recomeço, como Freddy Krueger, Chucky e Jason, mas que logo acabou sendo criticado, o que fez os filmes retornarem continuando de onde pararam. Mas no caso dos heróis, essas ideias acabam sendo bem aceitas, o que pra mim é estranho. Acaba ficando difícil de acompanhar e entender pra quem não vive esse mundo como fã. Mas falando desse filme novo, ele é até divertido, tem umas cenas de humor no meio que achei legal, mas acredito que pro público que é fiel e realmente acompanha desde os gibis, tenha outro valor. A novidade que eu não tinha visto até então é a participação do cachorro do Superman. O resto do enredo é apenas o Lex Luthor tentando derrotar o Superman, que tem um relacionamento com a Lois Lane, mantendo a mesma identidade secreta de sempre como jornalista. 

Boneca assassina (1991)

Visivelmente pegando inspiração no Chucky, que já tinha surgido 3 anos antes, esse filme tenta fazer praticamente a mesma coisa, mas aqui é uma entidade que é libertada e se apossa de uma boneca. Até que acaba virando o presente de uma menininha. E aí, coisas estranhas começam a acontecer. A boneca mata a babá da menina, mas os pais dela não desconfiam de nada. Até que enfim descobrem e acabam exterminando a boneca. Não tem nada de tão interessante, mas é um filme trash divertido pra ver sem pretensão de um roteiro muito elaborado, apenas por diversão.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Em algum lugar do passado (1980)

Interessante como esse filme já misturava a ideia de viagem no tempo com outro gênero, que no caso aqui é o romance clássico. Mas de certa forma não é exatamente viagem no tempo igual nos filmes de ficção científica, como Planeta dos macacos e De volta pro futuro, é um pouco diferente. Vamos ao enredo: uma mulher idosa aparece para um homem mais novo, lhe entrega um relógio e misteriosamente vai embora, mas ele fica obcecado em descobrir quem ela era, até que faz uma auto-hipnose e se transporta mentalmente pro passado. Assim, a encontra bem mais nova e convive com ela um tempo, até ser acidentalmente transportado para o presente novamente, assim ficando deprimido de ter sido afastado dela e morre sozinho. O que não dá pra saber é se ele realmente foi pro passado ou foi uma ilusão na cabeça dele. O segredo é que nessa hipnose ele teria que se cercar de coisas do ano em questão que ele queria simular e acaba levando uma moeda atual, que acaba por desfazer isso e por isso que ele volta. E o relógio que ele recebeu dela, acaba entregando pra ela no passado, o que termina por criar um enigma sobre a origem do relógio. E o filme termina com os dois se encontrando após a morte no que seria o paraíso. Um tipo de filme que não precisa de explicação, apenas sentimento.

domingo, 20 de julho de 2025

Jogo de intrigas (2001)

Antes de falar do enredo, não sei como nunca tinha escutado falar nesse filme, pois ele é a perfeição de enredo, atuação e direção, tudo funciona perfeitamente. Mas o principal é que tem 3 atores que eu sou fã e estavam nos meus filmes favoritos da infância: Julia Stiles, que é incrivelmente maluquinha; Josh Hartnett, que tá a mesma cara de quando fez Halloween H20 e o perfeito Prova final; e um ator de Eu ainda sei o que vocês fizeram no verão passado, que é praticamente o protagonista aqui, Mekhi Phifer. 

E o enredo é um suspense envolvendo amizades falsas e invejosas, que acabam sendo catastróficas. É sobre dois jogadores de basquete, do mesmo time. Mas um deles é premiado, reconhecido pelo seu talento, enquanto o outro tem inveja disso, já que ele considera que não recebe a mesma importância, mesmo se esforçando demais. E aí esse jogo de intrigas começa quando o invejoso começa a armar situações para prejudicar o outro, denunciando-o com uma falsa acusação de abuso, simulando situações pra prejudicá-lo com a namorada e até planejando matá-lo. Só que se passando de melhor amigo do outro, que nem desconfia da armação. É um filme trágico, mas de uma perfeição que não sei como não foi mais conhecido do público geral. 

E depois descobri que o filme é uma adaptação da peça Otelo, o mouro de Veneza, de Shakespeare, que inclusive é citado no filme quando um professor está dando aula. Então acaba sendo uma versão de uma história que é citada dentro do filme, assim como Match Point fez citando Crime e castigo.

sábado, 19 de julho de 2025

Eu sei o que vocês fizeram no verão passado (2025)

Eu fui ver esse filme no cinema logo, pois já estavam começando a sair muitos spoilers e eu ia acabar lendo tudo antes de realmente assistir. Então se você não quer saber antes de ver o filme, recomendo parar agora e assistir primeiro, depois ler aqui. Esse filme não é o que ninguém está esperando, mas olhando agora friamente foi uma jogada de roteiro incrivelmente absurda. E digo isso pois comecei a refletir qual filme de terror de assassino chegou aonde esse chegou, e nenhum realmente ousou tanto, mesmo os mais famosos. E a revelação do assassino é a coisa mais insana de todos os tempos pra um filme do gênero, que coloca Eu sei o que vocês fizeram no verão passado em um novo patamar, agora totalmente fora de comparação com qualquer filme, principalmente com Pânico. Mas além disso, a história cita tudo que aconteceu nos dois primeiros: vemos os túmulos de Max, Barry, Helen e Elsa, além de fotos e reportagens do que aconteceu em 1997; além de ter participação da Helen mesmo que num tipo de sonho, o que foi um momento inesperado; também um retorno da Karla Wilson no final, reencontrando a Julie, com uma nova ameaça no ar. Então dá pra ver que tinha tudo pra ser um grande reencontro, inclusive com os atores principais de volta: que interpretam Julie e Ray.

E agora vem a revelação final chocante, maluca, inesperada e totalmente horripilante: o assassino da vez é, simplesmente, o Ray. Olha que maluquice! O mais bizarro é que olhando agora pros dois filmes lá do passado, tem alguns momentos que ele faz uma cara meio de louco mesmo. Que ele fica parado pensando nas coisas. Mas ele não tinha realmente nenhuma inclinação pra isso até onde os filmes tinham mostrado, isso que acaba sendo surpreendente. Essa volta do personagem depois de 27 anos acabou mostrando que ele não ficou bem durante esse período, mas foi consumido pelo trauma de ter participado de um crime e ter sido perseguido por um assassino duas vezes. Mas até então quando chegamos no final de Eu ainda sei, que ele é o herói e salva a namorada, além de conseguir fazer uma artimanha de colocar o assassino pra matar o filho, elevou o personagem a um status de bonzinho e superprotetor. E agora, depois de 27 anos, isso é revertido da forma mais louca do mundo, transformando o herói em vilão. Tem mais uma assassina junto com ele, que é justificada pelo acidente inicial ter morrido alguém conhecido dela, mas isso acaba ficando em segundo plano. Só consigo pensar no Ray, em como esse quarto filme subverte as expectativas e me fez querer reassistir tudo de novo, mesmo tendo sido a franquia que eu mais assisti na infância, pois é uma coisa realmente muito maluca. Até olhando a capa do primeiro filme de novo, já não é mais a mesma coisa quando vejo a cara do Ray. Por fim, é um filme polêmico demais, que justifica ser lançado em julho, competindo a bilheteria dos monstruosos Jurassic Park, Superman e Smurfs, que têm um público pesado e mesmo assim se sair bem nas bilheterias. Vai dar o que falar ainda.

Vai ser a mesma discussão sobre o final de Lost. Não é o filme que eu esperava ver, ainda queria ver o casal bem e feliz, como um reencontro com os personagens antigos, da mesma forma que foi com Pânico 4. Mas não foi nada disso, eu tenho que entender que o filme não é meu e apenas me deixar levar onde os roteiristas querem me levar. Da mesma forma que muitas pessoas remoem até hoje a morte da Helen no primeiro filme, esse veio pra trazer um trauma maior ainda colocando o Ray como assassino. E esse conceito do herói virar o vilão foi levemente sugerido com o Tommy em Sexta-feira 13 e com a menininha Jamie em Halloween, mas que nunca foi levado adiante. Eu acho que realmente esse é o primeiro filme na história dos slasher filmes que faz isso: pega um personagem principal que é o grande herói e o transforma em vilão depois de quase 30 anos. Simplesmente inacreditável. Ousado, traumático, insano, mas bem interessante.

E como franquia, agora parece que tudo está de volta nos trilhos, mesmo depois de Eu sempre saberei e a série da Amazon, mas vamos ver se terá mais filmes ainda, pois isso não pode acabar agora depois de uma reviravolta dessas. E ainda tinha uns adolescentes na sessão no cinema que não estavam entendendo nada, pois não tinham assistido os filmes anteriores. Lembrei agora que no Lost teve um personagem que virou traidor e matou duas personagens principais também, o que acabou dividindo opiniões e sendo um ponto alto da série. Mas aqui em Eu sei, isso está gerando um burburinho imenso no YouTube, principalmente pra quem ainda esperava ver o casal junto e feliz. Eu acho que daqui há uns 20 anos vão olhar pra esse filme e ver a coragem que o roteiro teve, mesmo que agora estejam com raiva.

domingo, 6 de julho de 2025

Jurassic World - Recomeço (2025)

Ver esse filme isoladamente pode acabar sendo um pouco frustrante pra quem espera que ele seja do mesmo nível dos anteriores, mas se ver que a história precisa de um ponto de partida pra algo novo, ele é essencial. A intenção da história de tudo desde o começo, se a gente for se basear pelos livros originais, que foram adaptados nos dois primeiros filmes era mostrar a ideia da criação do parque com dinossauros alterados geneticamente e a ética em manipular a ciência pra isso. E depois a ganância em usar os animais como pra um zoológico no continente. Sempre foi sobre isso. O terceiro filme de Jurassic Park, embora mostre uma história de resgate de uma criança que se perdeu na ilha, mas também serve pra mostrar que os dinossauros criaram um ambiente propício pra viverem sem a intromissão dos humanos. Passaram-se 14 anos e em 2015 tivemos a mesma história contada com os filmes Jurassic World. Só que dessa vez o parque foi aberto e está funcionando, até que um dinossauro foge e causa o mesmo caos, até que no filme seguinte volta a ideia de levar os dinossauros pro continente e ganhar dinheiro com isso. O sexto filme acaba sendo um desfecho da história juntando o elenco original e o novo, as duas gerações da história. E depois disso, o que mais poderia ser criado pra história? Essa que é a questão, pois a partir daqui a primeira trilogia não tinha chegado, o que é totalmente novo. 

E a resposta é que os dinossauros estão vivendo em uma ilha, mas não são os dinossauros normais que conhecemos e sim os experimentos que deram errado. Como se fosse quando uma empresa está produzindo algum produto e dá errado, mas tem um depósito pra deixar os produtos defeituosos. Por isso que os dinossauros desse filme são tão feios e parecem monstruosos. E sinceramente, analisando como um todo, os 7 filmes, é bem interessante. Mas se for ver apenas como um filme isolado, foge muito do que foi feito até aqui. Vamos ver qual a intenção pros próximos filmes, pois duvido que isso vá acabar tão cedo. E os temas predominantes em todos os filmes, que é a ganância da ciência em trazer os animais para manipularem do jeito que eles quisessem, está bem presente aqui, mostrando o lado negativo, com essas deformidades dos dinossauros. Mas o ponto de partida é pegar umas amostras de sangue dos dinossauros para criar um medicamento pro coração, ou seja, é um grande laboratório com dinossauros no lugar dos ratos.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

O primeiro mentiroso (2009)

Esse é um dos melhores filmes de comédia que eu já vi, pois ele vai além de um besteirol cheio de piadas obscenas, mas ele foca em algo realmente engraçado: a sinceridade. E aqui é uma versão da vida na qual a mentira ainda não foi descoberta, ou seja, todo mundo só fala a verdade, independente se isso irá ofender ou traumatizar alguém. Então esse show de sinceridade é realmente muito engraçado. Até que um homem acaba inventando uma situação e todo mundo magicamente trata isso como verdade, assim ele começa a contar mentiras com a intenção de que elas se tornem verdades absolutas, que todo mundo acredita imediatamente sem nem questionar. Por exemplo, ele chega num banco e pede pra sacar um valor que não tem na conta, mas ele diz que tem e a moça do caixa simplesmente acredita e entrega o dinheiro a ele. E assim ele vai mudando tudo ao redor dele, pro bem. Eu acho que esse filme toca num tema muito interessante, que seria o poder da mentira sendo pra uma boa intenção. E também tem uma alfinetada no fanatismo religioso, pois aqui ele acaba criando uma religião, quando inventa a noção de Deus, céu e inferno e até sobre os mandamentos. 

Poderosa Afrodite (1995)

Se eu tivesse assistido esse filme sem saber quem é o Woody Allen e qual é o estilo dele em contar histórias, talvez tivesse achado esse filme bem chato. Mas como eu o conheço bem, entendi a visão dele sobre o assunto e é um dos TOP 10 filmes dele pra mim. O enredo faz uma comparação com uma tragédia grega, onde relações malucas acontecem comprometendo a genealogia. Aqui é o seguinte: um casal adota um menino, mas o marido fica curioso pra saber quem é a mãe biológica da criança, até descobrir que é uma garota de programa. Só que a doideira não acaba aí: ele acaba se envolvendo com a mulher e tem um filho com ela, mas depois ele desiste desse relacionamento e volta pra mulher dele. Só que ele nunca falou pra garota de programa que adotou o filho dela, assim como ela nunca falou pra ele que o filho que ela teve era dele, pois ela também se casou logo depois que ele foi embora. Então essas são as reviravoltas do filme. Mas não é por isso que o filme é bom. A graça está na atriz Mira Sorvino, que é essa prostituta que mesmo falando baixarias consegue ser meiga e sentimental, até um pouco ingênua, que acredito que foi isso que a levou a ganhar o Oscar e outros prêmios por essa atuação. 

terça-feira, 1 de julho de 2025

Um dia de chuva em Nova York (2019)

O grande mérito do Woody Allen está em criar histórias elegantes, com personagens intelectuais que dialogam bastante, transformando o filme em uma experiência única e oposta aos blockbusters de Hollywood. Mas o que é realmente impressionante é o modo que ele consegue transfomar qualquer ator, que geralmente fazem uns filmes até de comédia besteirol, em um espelho do próprio jeito dele, gesticulando e falando muito. E aqui ele faz isso com a Selena Gomez, Elle Fanning e Liev Schreiber. E parece que ele aproveitou a personagem da Scarlet Johansson em Scoop - O grande furo, numa versão mais jovem. E o enredo é sobre um casal que vai pra Nova York, mas a menina acaba se enrolando enquanto entrevistava um cineasta, quando ele começa a desabafar sobre a ex-mulher que tem várias semelhanças com ela. Enquanto isso, o menino acaba se envolvendo em outras confusões também, conhecendo uma garota de programa de luxo que aceita ir numa festa com ele, se passando pela mulher dele, já que a esposa dele está ocupada com a entrevista.

Freaky - No corpo de um assassino (2020)

Esse é o típico filme de troca de corpos, onde uma menina adolescente acaba trocando de corpo com um assassino, quando ele a ataca com uma adaga antiga amaldiçoada. E aí vem a parte interessante: ela, no corpo dele, tenta mostrar pros amigos que ela é ela, enquanto é perseguida pela polícia, ao mesmo tempo em que ele, no corpo dela, acaba indo pra escola no lugar dela e enfrentando a galera que implica com ela. E a troca tem que ser desfeita em 24 horas, pois depois disso fica permanente. O filme poderia facilmente ser uma continuação indireta de Sexta-feira muito louca, em que uma mãe e filha trocam de corpo, inclusive o nome desse em inglês é Freaky Friday, e esse aqui também se chama Freaky e se passa numa sexta-feira. E é difícil saber onde esse tipo de filme de troca de corpos começou, quem foi o pioneiro. E esse filme aqui também é mais um da excelente filmografia do diretor Christopher Landon.

domingo, 29 de junho de 2025

Skyscraper - Perigo na torre (1996)

Explicando o enredo pelo título: uns terroristas invadiram um prédio para colocar explosivos, mas um detetive e sua namorada, que é piloto de helicóptero vão impedir e libertar os reféns. O roteiro tem bastante ação, mas o que importa mesmo é a relação do casal, que a mulher sonha com o casamento e ter um filho, mas o cara acha que não vai conseguir conciliar ter um compromisso e manter o emprego dele. E a atriz que é a namorada dele é uma loira que parece que saiu de um filme adulto, inclusive tem duas cenas praticamente eróticas, com nudez explícita, mostrando o casal juntos. 


Pica-Pau no vulcão da Indonésia (1954)

O nome do episódio é Alameda para Bali e ficou em evidência agora por conta do incidente da brasileira que caiu no vulcão da Indonésia. E a história é sobre uma mulher que está fazendo um tipo de oferenda a uma entidade, no alto do vulcão, mas só joga legumes, assim a entidade reclama, pedindo carne fresca. A mulher vai procurar um marinheiro pra servir de oferenda e encontra o Pica-Pau e mais um cara, os dois começam a disputar a atenção da mulher, brigam achando que ela estava seduzindo-os com outro interesse, os dois acabam numa frigideira gigante dentro do vulcão, até perceberem que era um golpe. E, por conta dessa questão da oferenda, fizeram essa associação com a menina que se acidentou e veio a morrer no vulcão.

terça-feira, 24 de junho de 2025

O filho do Bambi encontra Godzilla (1999)

A ironia já está no começo, quando aparece um placar dizendo Godzilla 1x0 Bambi. Só que aí mostra o filho do Bambi comendo grama e o Godzilla pisando constantemente em torno dele, tentando acertá-lo, mas errando todas as vezes. Até que, do nada, abre uma porta no chão, dando a entender que o Bambi que acionou: sai um míssil lá de dentro e acerta o Godzilla, o derrotando. Agora empatou.

A vingança de Bambi (1976)

Continuando de onde o filme Bambi encontra Godzilla parou, com o Bambi embaixo da pata do Godzilla, agora mostra uma saída pra situação do nosso herói: o Bambi cava em volta de um canteiro e tira uma dinamite que estava enterrada e acende, causando uma explosão que arranca a pata do Godzilla. E ai, sem a pata, Godzilla vai embora pulando de dor enquanto Bambi se desamassa e volta a andar normalmente, mas logo é esmagado de novo, pelo cotoco que sobrou da pata do Godzilla, que voltou atrás dele. Tem no Youtube.

Bambi encontra Godzilla (1969)

É apenas um curta-metragem de menos de dois minutos, mas é interessante pelo fato de que sempre houve a intenção de colocarem o Godzilla contra algum outro monstro, como o King Kong, que embora tenha filmes recentes com isso, já nos anos 60 os dois se encontraram. E aí, resolveram fazer com o Bambi. E o que acontece: o Bambi é pisoteado numa única cena e acaba. Que desejo que existe em criar uma história triste pra ele, já passou por muita coisa, ainda ser pisoteado é demais!



Bambi 2 - O grande príncipe da floresta (2006)

Mesmo depois de 64 anos resolveram fazer essa sequência, que aproveita uma brecha no filme original para abordar, ou seja, não continua de onde parou, mas é o momento em que o Bambi perdeu a mãe e foi viver com o pai. O que aconteceu nesse tempo é que ele ficou muito triste com a ausência da mãe e, depois de um tempo, seu pai viu que ele precisaria ser criado por uma outra fêmea. Mas aí vem a situação chave do filme: essa nova mãe do Bambi está numa situação prestes a morrer também, mas não por um caçador e sim por lobos. E é aí que a história muda e ele vira valente de vez. Praticamente a mesma trajetória do Simba, de O rei leão.

Bambi (1942)

É um clássico da Disney, que desde criança a gente ouve falar, mas confesso que nunca tinha pego pra ver o filme inteiro, do começo. Também, é uma história tão trágica, que acaba sendo até deprimente pra uma criança ver isso. Está no mesmo nível de O rei leão, eu até acho que a Disney recicla as histórias mudando apenas os personagens, mas mantendo a mesma história. E o que acontece aqui: o Bambi vive com a mãe na floresta, tudo maravilhoso, até que um caçador mata a mãe dele, tragicamente. A partir daí, ele vai viver com o pai e retorna depois de anos, já adulto e com outra postura. E o filme acaba indo pelo caminho de chegar a um final feliz, com outros animais mostrando pra ele o que é se apaixonar. Então acaba virando um romance no final, mas esse começo aí é de partir o coração.

Round 6 - A primeira temporada (2021)

Essa série de apenas 9 capítulos poderia tranquilamente ser um filme, que mesmo que seja mais pra um drama, pra mim está no mesmo nível de Jogos mortais, mas o desfecho lembra muito O albergue, dois filmes que lidavam com uma forma de tortura, mas O albergue havia uma financiamento de pessoas que assistiam as pessoas serem machucadas, como forma de entretenimento. 

E aqui é praticamente isso, mas em outro contexto: são pessoas que são voluntárias, ou seja, ninguém é forçado, a participarem de uma competição onde o vencedor vai ficar milionário, mas quem perde paga com a vida, ou seja, vai morrer de alguma forma. E aí, são seis rodadas de jogos, por isso o título Round 6. E nem sempre quem você acha que vai sobreviver, realmente consegue, por ser forte, mas às vezes a capacidade de estratégia faz mais diferença. Pode parecer uma história bobinha, mas tem muitas mensagens. Eu acho que a principal é quando todos têm a opção de abandonar o jogo, mas grande parte deles quer continuar a jogar, e até os que saíram, quando não têm solução pra vida deles, acabam retornando. Bizarro demais uma história dessa, pois parece um cenário de guerra e crueldade, mas que as pessoas se submetem a isso em troca do dinheiro. Conclusão: só sobra um vivo.

Mas aí tem uma reviravolta. Durante os jogos, um dos participantes era um senhor bem idoso, que tinha algumas estratégias interessantes pra vencer nos jogos, mas num jogo de bola de gude acaba perdendo, assim morre com um tiro. Mas a cena não é mostrada. E a grande revelação é que ele não morreu ali, mas o sobrevivente dos jogos o encontra depois numa cama de hospital e descobre que ele não era apenas um participante e sim o idealizador por trás dos jogos. Que tinha um tumor no cérebro e que fez isso pra ajudar as pessoas. Muito parecido com a intenção do Jigsaw, de Jogos mortais. Mais uma coisa, o título original da série é Squid Game, que faz referência a uma brincadeira infantil chamada Jogo da Lula, mas como não é conhecida aqui no Brasil, o título foi alterado para Round 6.

Temos vagas (2007)

Direto ao enredo: um casal acaba se hospedando num hotel, depois que o carro deles enguiça na estrada, mas acabam na mão de assassinos que administram esse hotel, que matam os hóspedes, filmam e vendem as fitas com as filmagens. Só que eles acabam descobrindo umas fitas de vídeo no quarto, acham até que é algum filme de terror caseiro, até perceberem que foi filmado no próprio quarto onde estão. O resto do filme é eles tentando fugir ou se esconderem deles. 



Sick - Isolamento mortal (2022)

Esse é praticamente o único filme que eu vi até agora que se passa durante a pandemia do Covid-19, o que já o torna especial por essa temática. E o enredo é justamente sobre o isolamento e o distanciamento entre as pessoas, que acaba levando duas amigas a se isolarem numa casa de campo para passar uns dias longe do vírus. E aí, acaba sendo um prato cheio pra um assassino mascarado. Pode lembrar Pânico, mas é do mesmo escritor, que tinha mudado o foco para séries de TV, mas que retornou pra fazer filmes. Alerta de spoiler! O assassino estava se vingando justamente de uma menina que espalhou o vírus durante uma festa, o que acabou gerando a morte de um familiar dele. Uma abordagem meio maluca, que marca um momento histórico da sociedade.

domingo, 22 de junho de 2025

Hush - A morte ouve (2016)

Sabe aquele clichê dos filmes de terror que, quando a pessoa ouve um barulho estranho, sai para investigar, quando deveria se esconder dentro de casa? Então, esse filme aqui subverte isso, pois a protagonista é surda-muda, ou seja, ela não apenas consegue ouvir nada, mas também não teria nem como chamar a polícia, o que acaba dando início a um dos roteiros mais imprevisíveis dos filmes de serial killers. E mesmo que ela sobreviva no final e derrote o cara, acaba sendo muito tenso e cruel tudo que acontece. Ela sofre bastante, mas consegue derrotá-lo mesmo assim, pois ela acaba usando seus outros sentidos, que acabam ficando mais apurados, quando ela sente a respiração dele no pescoço dela, indicando que ele estava bem atrás dela. Bem interessante a ideia. Tem muitos filmes de terror que colocaram cenas em que, enquanto uma pessoa estava sendo morta e berrando, outras achavam que era apenas uma brincadeira ou estavam como fone de ouvido e não conseguiam nem escutar o que estava acontecendo pois o som da música estava mais alto, como os filmes Lenda urbana. Então esse filme arrumou um jeito de reaproveitar esse clichê: aqui realmente ela não ouve. 

Eles vivem (1988)

Esse filme tem uma filosofia tão interessante, que eu adorei, embora ache que poderia ter sido mais aproveitada no enredo: um homem descobre um óculos escuro, que faz enxergar as coisas como realmente são. Então ele começa a ver as propagandas na rua escrito apenas "COMPRE" ou "OBEDEÇA", pois é o real significado, mas apenas ele enxerga isso. Até que, de repente, algumas pessoas têm um aspecto meio bizarro quando ele coloca os óculos, o que faz ele ficar desconfiado do que realmente são essas pessoas. Só que essas criaturas acabam descobrindo que ele sabe quem eles realmente são e começam a se comunicar entre si por relógios de pulso, virando uma perseguição. A conclusão eu deixo pra você assistir. Muito legal. Agora, o que eu acho que poderia ter sido mais aprofundado foi essa crítica social de influência da propaganda: por exemplo, tem uma hora que ele vê uma cédula de dólar e quando coloca o óculos está apenas escrito "ISSO É O SEU DEUS".