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domingo, 16 de outubro de 2022

Amistad (1997)

Antes de falar do filme, fico impressionado com a capacidade do Steven Spielberg em fazer filmes de diferentes gêneros. E além disso, como ele consegue fazer dois filmes no mesmo ano, com temáticas totalmente diferentes, sendo os dois de uma qualidade incrível. Em 1997, ele fez também o meu filme favorito da saga Jurassic Park, que é O mundo perdido, inclusive dá pra notar que os dois filmes têm a mesma mensagem de fundo: escravização. Se em Amistad, negros são transportados à força de uma forma cruel, o mesmo acontece com os dinossauros que são capturados em O mundo perdido, amarrados, colocados em jaulas e amordaçados. Depois, são levados num barco até outro local. Então dá pra analisar Amistad a partir dessa comparação, inclusive tem um ator que se repete nos dois filmes.

Além disso, quando se vê a carreira do Spielberg como um todo, dá pra ver a capacidade dele em falar tanto de aventuras como Indiana Jones, Os Goonies, até ficção com extraterrestres como ET, Contatos imediatos do segundo grau, Guerra dos mundos, passando por filmes de monstros como Jurassic Park, Tubarão e Super 8. E o que mais me impressiona são os filmes dramáticos que são fora do circuito popular, como A cor púrpura, Império do sol, A lista de Schindler e esse Amistad. Fora isso, a história de Amistad me desperta a curiosidade de pesquisar mais sobre a história real que inspirou o filme. Em certo momento, a história se situa num tribunal onde a liberdade dos negros está em jogo, que também me remete ao filme O sol é para todos, onde um negro acusado injustamente de estupro está sendo condenado. Só por curiosidade, numa rápida cena de Todo mundo em pânico, Amistad é citado como uma sátira mesclada a Titanic. Então ele é um filme que me fez refletir sobre muitos outros filmes também.

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