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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Ben-Hur (1959)

Esse filme conta a história de um homem chamado Ben-Hur, que acaba passando por uma injustiça quando foi acusado de um crime que não cometeu e foi levado como prisioneiro por causa disso. Só que, um detalhe importante: ele tomou a responsibilidade do crime pra salvar a verdadeira culpada, uma mulher que esbarrou numa telha, que caiu e acertou outro homem, que passava embaixo. Então ele tomou a culpa pra si. Isso é um detalhe importante. Mais pra frente, Jesus passa por ele e lhe dá um pouco de água quando o vê caído no chão. Passa algum tempo e Ben-Hur acaba sendo recompensado moralmente e levado pra disputar uma corrida de cavalo, onde ele vai disputar principalmente com o homem que o prendeu, que na verdade os dois eram amigos de infância que estavam brigados desde que Ben-Hur se negou a entregar o nome de algumas pessoas que ele queria incriminar. Resultado disso: Ben-Hur acaba vencendo a corrida e o homem morre. Então essa é a história principal.

Só que há uma mensagem que eu interpretei da seguinte forma: há um paralelo entre a história de Jesus, que aparece toda a trajetória dele como pano de fundo enquanto a história principal acontece. Mas tem uma hora que Ben-Hur se pergunta o motivo dele estar sendo crucificado. E alguém responde que ele tomou o pecado de toda a humanidade pra si. Mas foi isso que o próprio Ben-Hur fez quando assumiu a culpa pelo crime da mulher. Ou seja, a história de Ben-Hur é um paralelo, uma metáfora, da história do próprio Jesus. Do mesmo jeito que os chefes dos navios chicoteavam os prisioneiros, assim também Jesus foi chicoteado. Esse filme tem pelo menos mais 3 versões, sendo um livro de 1880, um filme mudo de 1925 e uma refilmagem de 2016. Os ângulos de câmera são bem amplos e o filme é muito bem dirigido, além de que, pra época, foi uma mega produção, já que os filmes tinham roteiros bem mais simples. Outro detalhe interessante: o diretor optou por não mostrar o rosto de Jesus em nenhum momento, apenas de costas ou bem distante, acho que ele quis deixar na imaginação de cada pessoa.

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