O monstro de duas caras (1960)

Antes de falar do enredo, quero falar uma sensação que tive assistindo esse filme: alguns dias atrás, eu assisti A substância, de 2024, que fala sobre uma mulher que injeta um líquido no corpo, fazendo assim gerar uma pessoa dentro dela, que sai por uma abertura nas costas e é muito mais jovem, o que acaba causando um embate forte entre as duas. E o que acontece nesse filme aqui é praticamente a mesma coisa, mas antes vamos contextualizar. Existe o livro chamado O médico e o monstro, de 1886, que inspirou um monte de filmes contando a história de dois homens Jekyll e Hyde, e esse aqui também é uma versão desse livro. E eu sempre olhava esse título nas livrarias e achava que era algo tipo Frankstein, um médico que cria um homem artificial e vira um monstro. Mas não é nada disso: eles são a mesma pessoa, o médico injeta uma substância no próprio corpo e acaba se transformando em outra pessoa, mais elegante e sociável, que na verdade viria a ser o monstro. Ou seja, A substância meio que se baseou nesse filme e ninguém percebeu. Mas o enredo desse é o seguinte: o homem é casado e a mulher o chama pra sair e ele nunca quer, ela se sente sozinha e rejeitada e acaba saindo com outro homem, conhecido do marido. Mas aí eles vão para um bar e acabam conhecendo um tal de Doutor Hyde, um homem muito simpático, sem saber que na verdade é o corpo alterado do Doutor Jekyll. Ou seja, o marido descobre a traição da esposa, sem que ela desconfie de nada, porém ele quer vingança.