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quinta-feira, 3 de junho de 2021

Somos tão jovens (2013)

Esse filme é uma obra prima não só pela história do Renato Russo, mas por toda a história da música nacional dos anos 80. Engraçado como tantas bandas se cruzaram em Brasília, além da Legião Urbana, o Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Plebe Rude... E todo mundo que veio nessa onda. E o que eu mais pensei vendo esse filme foi: "Como um país que já teve música com uma qualidade tão grande, se resume hoje a repetição da mesma batida de funk e sertanejo, com letras que falam praticamente de beber, zoar, rebolar e ostentar vida de luxo?" Não consigo entender. É completamente o oposto do que diz a frase de Índios: "Quem me dera, ao menos uma vez, que o mais simples fosse visto como o mais importante".

Agora em relação à qualidade do filme em si, é muito bem feito em todos os sentidos. Todas as atuações são boas, as referências à várias músicas estão escondidas, mas são facilmente identificadas pelos fãs da banda. E se esse filme se chamasse Aborto Elétrico seria um título que encaixaria bem, pois aqui a história gira na origem da banda que depois se desfez e gerou outras duas: Capital e Legião. Inclusive o Capital Inicial gravou um disco em 2005 cantando todas as músicas do Aborto Elétrico, num projeto da MTV. Pra finalizar, o melhor momento do filme, quando o Renato canta Ainda é cedo. Consegui ver com outros olhos a história da letra e toda a emoção por trás dela. 

Fonte da foto: aqui

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