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quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

1922 (2017)

Não sei exatamente se há um subgênero pra esse tipo de história, mas nesse filme há algo visto em muitos outros: alguém comete um crime, oculta as evidências e depois passa a sofrer quando tem consciência do que fez. Foi assim em Crime e castigo e também em Match point. O diferencial aqui: pai mata a esposa com a ajuda do próprio filho, jogam o corpo num poço na fazenda deles. Depois o filho acaba fugindo com a namorada e se tornando um bandido enquanto o pai fica perturbado e tendo alucinações sozinho na casa da fazenda, inclusive vendo a esposa morta. Basicamente é isso, além de que a história é contada em flashback, o filme todo seria apenas o pai escrevendo o relato de tudo num papel e o que a gente vê são as lembranças dele. Vendo esse filme dentro da carreira do Stephen King é interessante como ele cria histórias sem a necessidade de estabelecer o final, me parece que apenas deixa a história fluir pra onde ele quiser e interrompe de qualquer jeito. Ele faz isso em vários filmes, talvez apenas pra mostrar um aspecto psicológico dos personagens dentro de uma realidade sobrenatural. Vendo por esse lado é legal, mas se for analisar o filme isoladamente ele é bem parado e simples. Também não sei se o formato Netflix de fazer filmes influenciou nisso, a história demorou muito pra estabelecer as questões principais, e isso eu já senti vendo outros filmes produzidos pela Netflix. Essa história foi lançada originalmente como um conto dentro de um livro chamado Escuridão total sem estrelas, como uma seleção de quatro histórias que talvez façam mais sentido juntas. 

Fonte da foto: aqui

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