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domingo, 30 de janeiro de 2022

Eduardo Marinho

Eu já conhecia esse cara de algum outro vídeo, não sei exatamente a história dele, mas por acaso assisti esse e de uma forma bem interessante me identifiquei com tudo que ele falou. Mas além disso, não só me identifiquei com as ideias dele, mas também vivenciei as coisas que ele está falando no vídeo: escolhi fazer faculdade do mesmo jeito que ele fez, por eliminação; também já encontrei pessoas mais velhas que me falaram a mesma coisa que o homem falou pra ele; também já larguei uma faculdade na qual eu não me via trabalhando no futuro (isso com 17 anos, Sistemas de informação); também fiquei nessa busca por um sentido na vida, que de certa forma me levou a fazer faculdade de publicidade e jornalismo, ter um outro olhar sobre a vida, em relação aos padrões de ostentação e poder que a sociedade está metida, e assim, terminar buscando uma vida mais simples, que culminou num mini-mochilão pelo litoral do RJ em 2012, mas que só parou mesmo quando mudei pro interior de SP em 2013, em Bauru. De lá pra cá, eu passei esses anos conhecendo gente, aproveitando a amizade, buscando ter lazer, buscando minha essência mais natural na vida, e hoje eu não vejo sentido em muita coisa, até porque, como no próprio vídeo o homem falou pra ele que nunca tinha pensado na morte enquanto era jovem, eu trabalhei como cuidador de idoso e vi a morte em vários momentos, de 1 minuto atrás a pessoa estar viva e de repente não mais. Então acho que pela semelhança nas experiências que ele teve, talvez pensemos bem parecido. Eu penso num termo há um tempo chamado "não-objetivo", que seria você viver pela vida e não por metas, estabelecendo planos pra ter mais coisas, mais cursos, mais faculdades, mais bem materiais que não são necessários. Não tô falando de ser pobre não, mas de ter o necessário pra viver bem. 

E no vídeo ele fala um trecho bem interessante sobre isso: "Liberdade, no sentido pleno da palavra, é você existir sem necessidade nenhuma. Enquanto você estiver uma necessidade, você estará preso a ela. A sociedade é feita pra acorrentar a gente: padrões falsos, valores falsos, realidades falsas. Eu fui movido pelo medo de chegar no fim da vida, olhar pra trás e ver uma vida sem sentido." E tem gente que vive querendo deixar um legado, querendo seguir um sonho de adolescente. Eu não vejo mais sentido nisso. Eu já sei como vai ser o final da minha vida e não quero perder tempo com coisas desnecessárias, inclusive por isso que saí das redes sociais também. 99% das pessoas que estavam adicionadas no meu perfil não me conhecem quase nada, são só conhecidos achando que são amigos, quando amizade pra mim é uma coisa muito mais profunda, quase como um irmão. E o jeito que eu quero ser lembrado depois da minha morte é de alguém que viveu a vida como quis, fazendo escolhas e se responsabilizando por elas. Não quero deixar nenhum legado, nem quero ter um perfil nas redes sociais pra ficarem lamentando minha morte. Quero ser imediatamente esquecido pelas pessoas que não conviveram comigo e lembrado eternamente pelas pessoas que estiveram ao meu lado enquanto eu estava vivo. Talvez até você possa estar lendo isso no futuro quando eu não estiver mais aqui, então é isso. 


Um comentário:

Edmar Luiz disse...

Muito bom pensar isso e refletir sobre. Porém nada disso faz sentido quando pensamos em "família". Sua base é sua família, seus amigos é a sua família e quem mais vai torcer por sua vitória é a sua família, etc. Largar as redes sociais achando estar fora da caixinha é se esconder de pessoas que "você" não dá tanta importância. Nem todo mundo que você quer que seja seu amigo é obrigado a ser seu amigo. É aí que se prática a "maturidade". A bíblia te orienta a compreender que: "há tempo para tudo", "quando menino passe por coisas de menino e quando adultos passe por coisas de adulto","tudo que você repreende no outro, avalie no seu interior",etc. Enfim! Faça o quê deve ser feito por você e não pelos outros. Honre sua família. Seu legado é, sempre foi e sempre será... A sua família.