Olha, se qualquer pessoa me perguntasse o que eu acho dessa franquia, eu diria que era um passo além do que eu gosto nos filmes de serial killers, pra mim o ideal sempre foi no padrão do Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, Sexta-feira 13, que são filmes mais de suspense do que terror, mas ainda alguns já eram mais explícitos como Pânico e A hora do pesadelo. Pra mim, O massacre da serra elétrica já passava do limite, mas quando veio os anos 2000 com essa trinca de filmes, Jogos mortais, O albergue e Pânico na floresta, eu pensei que agora o negócio desembestou de vez com enredos de tortura e bem explícitos. Mesmo assim, assisti a todos os 19 filmes que se somam dessas 3 franquias, com exceção de um: esse aqui, o sétimo filme de Pânico na floresta, que tem um subtítulo estranho citando uma fundação. Pela curiosidade maravilhosa que me leva a lugares que eu talvez não iria, me surpreendo com um dos melhores filmes que eu já assisti, que vai muito além do terror e tem uma história quase que antropológica no meio. Contei tudo isso pra você entender que eu não sou fã dessa história mas esse filme tem um diferencial.
E o porquê desse filme ser tudo isso? O enredo conta sobre um grupo de amigos numa excursão pela Europa que acaba no meio da floresta, mas eles invadem um território onde havia uma fundação formada por algumas famílias há séculos, ou seja, tinha uma comunidade secreta vivendo ali. Mas esses jovens acabam caindo em armadilhas, alguns morrem, as cenas são muito mais leves que os filmes anteriores, mas eles acabam achando que os integrantes dessa fundação estavam os atacando e reagem matando um deles. Mas são capturados e levados a uma caverna onde são julgados. E aí vem a parte interessante. Eles não estavam sendo atacados, e agora como eles reagiram a isso, estão sendo julgados pelos membros, passaram de vítimas a réus. Uma virada no roteiro interessante. Mas um dos amigos, que tinha matado um dos habitantes, acaba tendo que pagar com a própria vida, servindo de exemplo pros outros. E a maneira como um casal acaba convencendo os habitantes de não os matarem é simplesmente sensacional: a menina se oferece de esposa a um deles e o rapaz, que era namorado dela, serviria para ajudar nas tarefas que eles têm no dia a dia. Mas tem mais uma coisa interessante que esse namorado tinha falado no dia anterior, que ele sonhava em um mundo onde ninguém precisasse trabalhar por dinheiro e queria criar uma comunidade onde todos se ajudassem e inclusive ele não sofreria preconceito por ser negro. Ou seja, quando ele conheceu a fundação, ele adorou a ideia e se entregou de alma pro grupo.
Mas aí, lá no começo, o filme mostrou um homem procurando por sua filha, e agora depois de tudo isso, ele a encontra na floresta, membro da equipe da fundação e totalmente transtornada. Ela mesmo o ataca com uma flecha e o coloca numa prisão, deixando o pai confuso sobre o que sua filha se tornou. Mas ela acorda no meio da noite e explica pra ele que teria que ter agido assim senão ele seria morto. E então os dois saem em fuga do lugar, mas o cara que ficou como seu marido na fundação jura vingança a ela. Os dois conseguem sair vivos e retomam a vida normal, até que um dia a menina chega na sua casa e tem uma grande surpresa: o grupo da fundação achou a sua casa e quer ela de volta. O final do filme eu deixo pra você assistir pois é muito bom.
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