Esse filme é grandioso só pela coragem de falar do tema da pedofilia de uma forma a desconstruir a imagem do pedófilo, mostrando dois lados da mesma história. Embora cause um pouco de incômodo, a gente num momento esquece o que está vendo, mas os próprios personagens deixam claro de que a relação entre os dois é errada. Mas o que o diretor quer não é isso, me parece que ele jogou vários argumentos no meio da história com a intenção de nos confundir.
Por exemplo, a relação deles é errada, sim, mas é ela quem quer se relacionar com ele, ou seja, é recíproco. Pra mim, não é um filme sobre pedofilia, e sim gerontofilia. E tudo o que esse cara queria era reviver um romance da adolescência, a namorada dele que morreu há muito tempo... Ele via na Lolita a pureza da namorada dele. Enfim, fiquei curioso pra ver o outro filme de 1962 e o livro de 1955. Adorei a direção de Adrian Lyne.
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